Quanto você pode gastar depois que se aposentar?

CEO da Leahy Wealth Management Group, explica como pode ser mais dificil do que se pensa calcular os gastos na aposentadoria

Lys Silva

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SÃO PAULO – Quanto dinheiro se deve gastar na aposentadoria? Enquanto a pergunta pode parecer simples, a resposta é complicada, pois carrega diversas variáveis. Tentando responder essa pergunta difícil, Robert Leahy, CEO da Leahy Wealth Management Group, publicou artigo no site da CNBC.

Leahy destaca que aqueles que chegaram nos 50 e 60 anos precisam encontrar recursos para continuar guardando dinheiro e acumular quantias conforme a preparação para a aposentadoria vai se aproximando.

“Se você planeja se aposentar em breve, muitos especialistas recomenda que tenha acumulado cerca de 25 vezes o valor de sua renda anual. Pense em quanto dinheiro você precisa por ano, em seguida subtraia benefícios da previdência social e qualquer outro rendimento garantido, como uma pensão. Em seguida, multiplique por 25”, explica Robert.

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Ainda assim, muitas perguntas são frequentes no que se refere a aposentadoria e, segundo Leahy a mais frequente é: Quando a aposentadoria chegar, qual valor seguro de retirada da carteira de investimentos a cada ano?” Robert tem uma resposta um pouco desencorajadora: “depende”.

Estratégias para avaliar a renda durante a aposentadoria:

A regra dos 4%: Esta regra é provavelmente a mais comum nas projeções de renda de aposentadoria. Nesta abordagem aplica-se uma taxa de retirada de 4% para a sua carteira total de aposentadoria em um ano e, em seguida, aumenta-se essa quantia pela taxa da inflação a cada ano subsequente

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“Se você tem uma carteira com US$ 2 milhões, poderia retirar US$ 80 mil para o seu primeiro ano de aposentadoria. Nos próximos anos, independentemente do que acontecesse nos mercados, você iria retirar o seu valor base mais a taxa correspondente da inflação”, explica Leahy. A crítica a regra dos 4% é que a taxa de retirada não é flexível e pode criar um grande excedente ao fim da vida.

Abordagem baseada no mercado: Outra abordagem usada por alguns assessores financeiros é basear a taxa de retirada da aposentadoria na valorização geral dos papéis que compõe a carteira.

“É um pouco mais complicado, mas na prática pode significar uma maior taxa de retirada. A taxa para os aposentados com tolerância de risco moderado começa em cerca de 4,4% e pode chegar até os 5,7%. Para um investidor mais conservador, a taxa começa em cerca de 3,9% e vai até 5%”, pontua o CEO. 

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Abordagem personalizada: A abordagem personalizada atribui especial importância aos seus objetivos e metas pessoais. Ela também leva em consideração a tolerância ao risco de investimento, as avaliações de mercado atuais e o calendário de receitas e despesas.

É importante lembrar que o planejamento da aposentadoria é diferente para cada investidor. Por esse motivo, uma análise personalizada costuma ser mais eficiente. “Para os aposentados que precisam de flexibilidade, os outros métodos podem representar problemas”, explica Robert.  “Se o seu sonho era viver no exterior e viajar muito nos primeiros anos de aposentadoria e, em seguida, viver de forma simples quando atingisse os 80 anos, os outros métodos provavelmente levariam a um excedente no final da vida que poderia ter sido aplicado de forma mais eficaz, e assim viver o seu sonho de aposentadoria plenamente”, completa.

“No fim das contas, cálculos e planejamento de renda de aposentadoria são provavelmente melhor abordados quando vistos além de uma fórmula ou do que é considerado uma regra de ouro. Planejamento de aposentadoria ideal é, em última instância, a definição de onde você está hoje, imaginando o que o seu amanhã pode ser e, em seguida, a implementação de um plano personalizado bem pensado para transformar essa visão em realidade”, conclui Robert.