Quem tem apenas R$ 100 por mês tem acesso a bons investimentos, ou é melhor ficar na poupança?

Uma alternativa para quem investe na poupança seriam os fundos de renda fixa, aponta planejador financeiro

Equipe InfoMoney

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Texto de Henrique Baggenstoss, planejador financeiro pessoal com certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros. Henrique é sócio da Manchester Investimentos.

Geralmente quem está começando os investimentos inicia com um valor mais baixo e sempre fica a dúvida se é possível conseguir bons investimentos ou se o melhor é ficar mesmo na poupança. A realidade é que sim, quanto maior o capital a ser investido, melhor os produtos disponíveis, porém isso não quer dizer que para quem está começando com um valor mais baixo restaria apenas a poupança.

Hoje o rendimento da poupança está em 0,5% ao mês + TR(Taxa Referencial). A taxa referencial de 2012 foi de 0,28%, a taxa de 2013 foi de 0,19% e a media dos últimos 5 anos foi de 0,61% ao ano. Usaremos essa media como referencia e temos uma boa estimativa do rendimento da poupança, que ficaria em torno de 6,61% ao ano. Os rendimentos da poupança são isentos de imposto de renda, então este já seria o rendimento líquido que o investidor recebe.

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Uma alternativa para quem investe na poupança seriam os fundos de renda fixa. Todo fundo de investimentos cobra uma taxa de administração do investidor, e quanto menor essa taxa melhor pois o melhora o rendimento do fundo. Os fundos de investimentos possuem incidência de imposto de renda sobre os rendimentos. A alíquota de IR que incide sobre os fundos de investimento de longo prazo é de 22,5% sobre o lucro obtido em aplicações de até 180 dias, de 20% em aplicações de 181 a 360 dias, de 17,5% em aplicações de 361 a 720 dias e de 15% em aplicações acima de 720 dias. Para fins de tributação, são considerados fundos de investimento de longo prazo aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou superior a 365 dias.

Os fundos de renda fixa tendem a ter um rendimento que acompanha a taxa SELIC, que hoje está em 11% ao ano. Vamos imaginar um investidor que está no pior cenário de imposto, ou seja, uma pessoa investindo em um fundo por menos de 6 meses e que pagará 22,5% de imposto. Retirando o imposto de renda destes 11% ao ano, chegamos a 8,52% de taxa ao ano, uma diferença de 1,91% em relação a poupança. Esse rendimento está acima da poupança, porem como dito acima, todo fundo cobra uma taxa de administração. Essa taxa de administração vai diminuir automaticamente o rendimento. Se o fundo tiver uma taxa de administração de 2% ao ano, isto reduziria o rendimento de 8,52% para 6,52%; abaixo do rendimento da poupança. Chegamos então a conclusão que, no pior cenário de imposto, seria interessante migrar da poupança quando o investidor conseguir acessar um fundo com taxa de administração menor que 1,9% ao ano. Fazendo este mesmo calculo para os diferentes casos de incidência de imposto, chegamos nos resultados abaixo:

Imposto Período de investimento Limite da tx de adm do fundo de renda fixa
22,5% Até 6 meses 1,9%
22% 6 a 12 meses 2,2%
17,5% 12 a 24 meses 2,5%
15% Mais de 24 meses 2,7%

Neste caso, mais importante que o valor inicial dos investimentos é descobrir quanto cobra de taxa de administração o fundo de renda fixa que você consegue acessar com este montante. Se for um fundo com taxa de administração barata, e abaixo dos limites acima, vale a pena trocar a poupança pelo fundo. Se com o seu capital inicial você só consegue acessar fundos com taxas mais elevadas, continue juntando na poupança até ter um capital mais alto e que possibilite acessar um fundo com taxa menor.

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Bons Investimentos!

O texto reflete as opiniões do autor. O Infomoney não se responsabiliza pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Gostou das explicações? Tem mais dúvidas sobre investimentos e planejamento financeiro? Mande um e-mail para o Henrique:  henrique@manchesterinvest.com.br