Não suporta perdas? Veja como ganhar dinheiro com baixo risco

Como opção para melhor rentabilizar seu patrimônio e com perfil conservador, encontramos títulos como as LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio), aponta especialista

Equipe InfoMoney

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Texto de  Charles Susskind, planejador financeiro pessoal com certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros. Charles é sócio da CMS Invest.


Em 2012, mesmo com uma inflação acumulada acima do centro da meta de 4,5%, a Selic atingiu uma taxa mínima em sua história ao chegar em 7,25%a.a. Porém, desde novembro de 2010 o IPCA acumulado em 12 meses ficou acima de 5,5% em 38 das 46 leituras mensais.

Portanto, quanto menor a Selic e maior a inflação, menor o rendimento real dos investimentos atrelados ao CDI, podendo inclusive ser um rendimento real negativo após taxas e Imposto de Renda (IR). Com isso, o investidor pode ter seu capital rentabilizado abaixo da inflação, o que gera perda no poder de compra do investidor. Em suma, ele empobrece.

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Isto também acontece porque o comodismo do investidor acaba prejudicando o valor futuro de seu patrimônio. Há diversas formas para se pode proteger e rentabilizar mesmo sendo conservador.

Os fundos DI, principalmente dos grandes bancos de varejo, têm taxas que nunca ficam abaixo de 1% a.a. para valores de até R$50.000, podendo chegar a escorchantes 4%a.a. Com uma Selic atualmente em 11%a.a., a taxa de 1%a.a. do fundo equivale algo como 9% do rendimento de um ano gasto apenas em taxas. E ainda tem o IR que de acordo com a tabela regressiva, paga-se no mínimo 15% do rendimento.

Como opção para melhor rentabilizar seu patrimônio e com perfil conservador, encontramos títulos como as LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio). Estes títulos tem a grande vantagem de serem IR para os investidores Pessoa Física. Facilmente encontra-se opções pagando acima de 90% do CDI liquido de IR, enquanto que nos fundos DIs dificilmente encontra-se opções rendendo mais de 100% do CDI bruto (antes do imposto). Descontando-se o menor imposto possível, seria o equivalente 85% do CDI liquido. Neste último caso, considerando-se um período de 12 meses até Julho/14, onde o CDI foi de 9,88% e a inflação de 6,5%, caso você tivesse um rendimento de 100% do CDI bruto com uma tributação de apenas 15%, seu resultado líquido seria 8,4%. Descontando a inflação, seu ganho real seria de apenas 1,9% em 1 ano.

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Outra opção interessante seriam CDBs de bancos médios e pequenos e Letras de Câmbio (LC). As LCs são títulos parecidos com os CDBs, porém emitido por uma financeira. Nestes casos consegue-se rendimentos brutos acima do CDI

Alguns CDBs tem liquidez, já as LCs, na grande maioria não têm liquidez. Quanto maior o prazo até o vencimento, maior o rendimento oferecido. Portanto quanto melhor você fizer seu planejamento financeiro, melhor rendimento terá ao abrir mão de liquidez, o que muitos investidores por falta de planejamento, não conseguem fazer.

Com rendimentos melhores, surge uma pergunta importante. Se estou trocando o CDB ou o fundo de um grande banco por estes títulos, não estou aumentando o risco sobre meu investimento?

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Isto é uma “meia-verdade”, pois apesar do risco de crédito de um pequeno emissor ser maior na maior parte das vezes, todos os títulos mencionados acima contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) no valor de até R$250.000 por emissor. Portanto, se você tem R$1 milhão para aplicar e distribuí em 5 aplicações de R$200.000 com prazo de 1 ano e de diferentes emissores, remunerando 110% do CDI cada uma, tanto o valor aplicado como o rendimento estarão garantidos pelo FGC (baseado no CDI atual). Importante salientar que o FGC garante o valor do investimento na data de quebra da instituição. Portanto, a partir da data de quebra até o ressarcimento do FGC o valor não será mais atualizado.

Outro investimento interessante são os títulos atrelados ao IPCA. Desta forma, o investidor protege seu patrimônio da inflação ao longo do tempo. Entre as opções estão os títulos do Tesouro Direto ou fundos de inflação. Os títulos do governo são os ativos de menor risco, já que o governo tem a prerrogativa de emitir dinheiro, porém é importante se atentar aos custos de custódia destes títulos, o que corroe parte da rentabilidade, assim como o IR.

Mais recentemente foi lançado as Debêntures de Infraestrutura que, assim como os anteriores, são títulos atrelados à inflação. Estes títulos também tem a grande vantagem de serem isentos de IR, mas não contam com a garantia do FGC. Portanto é importante se atentar a qualidade do emissor do título.

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É muito importante entender bem como funcionam os títulos de inflação, pois no curto prazo eles podem oscilar muito, inclusive gerando perdas relevantes. No entanto, ao carregar estes títulos no longo prazo, você estará se protegendo da inflação.

Bons investimentos

O texto reflete as opiniões do autor. O Infomoney não se responsabiliza pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

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Gostou das explicações? Tem mais dúvidas sobre investimentos e planejamento financeiro? Mande um e-mail para o Charles: charles@cmsinvest.com.br