3 lições de investidores organizados para mais ganhos no longo prazo

Os mais organizados aprenderam, na maioria das vezes com os próprios erros, que existe uma forte conexão entre emoção e comportamento

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Investidores metódicos, sistemáticos e organizados são os mais bem sucedidos no longo prazo, justamente o contrário do que vemos nas histórias sobre grandes investidores de Wall Street, vistos como caóticos, malucos e visionários, segundo Juliano Custódio, assessor financeiro e autor do blog EuQueroInvestir!.

Veja as 3 lições que Custódio tirou de investidores organizados para ter ganhos maiores no longo prazo:  

1 – Decisão de investimentos separadas da emoção

O assessor costuma dizer que é muito bom em tomar decisões sem emoção quando o dinheiro é de outra pessoa. Contudo, quando se trata do seu próprio dinheiro, a luta é muito maior. “Warren Buffett é um exemplo perfeito deste princípio. Buffett disse que ao longo dos anos ele tenta ficar com medo quando os outros são gananciosos e ganancioso quando os outros estão com medo”, conta.

“Isso é essencialmente colocar em prática a noção de ‘comprar na baixa e vender na alta”,  Isso significa ficar com um plano, mesmo quando este plano é doloroso por exemplo, quando as ações caem repentinamente).

2 – Não fazer nada é a opção padrão

“Uma vez eu li um estudo que falou que os goleiros de futebol pegariam mais pênaltis se ficassem parados, imediatamente eu pensei que ninguém iria acreditar e dificilmente algum goleiro iria seguir esta estratégia”, lembra Custódio.

O assessor conta que, principalmente quando se trata de renda variável, a maioria das pessoas tem alguma tendência de acreditar na melhora dos investimentos, como também o medo de parecerem os idiotas ao não fazer nada e ver uma ótima oportunidade passar – o famoso cavalo encilhado – e ficarem de fora,

“Isso é pior ainda se você tem amigos dizendo que essa é uma ótima oportunidade. Mas na maioria das vezes se você não tem fortes motivos para investir em renda variável, o melhor é não fazer nada”, aconselha Custódio.

3- Entender que diversão e investimento são coisas diferentes

O assessor conta que é o primeiro a admitir que ler e assistir ao noticiário financeiro pode ser interessante e quem sabe até divertido. No entanto, os investidores comportados têm duas abordagens:

– assisti-lo, mas não agir baseados no que assistiram;
– ignorá-lo completamente.

“Eles podem assistir e ler, mas o que eles veem não vai influenciar seus planos de longo prazo. Obviamente nenhuma destas 3 situações acima parecem particularmente complicadas. Mas então porque eles conseguem e a maioria não? O que eles tem que os outros não têm?”, questiona Custódio.

Segundo o especialista, o que diferencia os investidores bem sucedidos dos que não conseguem o mesmo resultado no longo prazo é que os mais organizados aprenderam, na maioria das vezes com os próprios erros, que existe uma forte conexão entre emoção e comportamento. 

“Não há como garantir que vamos evitar nossas emoções nas tomadas de decisões do futuro, ou que vamos evitar cometer erros, mas se reconhecermos que existe uma ligação entre emoção e comportamento podemos nos livrar de nos colocar em situações difíceis no futuro ou quem sabe até evitá-as”, destaca. 

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