Startups podem render Green Card para empreendedores nos EUA; entenda

Especialista afirma que medida pode ser uma alternativa ao tradicional visto EB-5

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Uma nova forma de se investir nos Estados Unidos e garantir o famoso Green Card pode estar próxima. O governo do presidente Barack Obama, reconhecendo a dificuldade de diversos empreendedores internacionais em entrar na terra do Tio Sam com suas empresas, está propondo um programa para os empreendedores internacionais, abrindo para qualquer país e pessoa que tenha uma boa ideia, a oportunidade de ir para os EUA e levantar capital para abrir a sua Startup.

Dennis Rodrigues, da EB5 Investimentos, comenta que é uma ótima oportunidade para todos os países que não têm um tratado bilateral com os Estados Unidos, ou seja, que são impedidos de aplicarem para o Visto EB-2, restando apenas o EB-5, como é o caso do Brasil. Segundo ele, o empreendedor brasileiro tem muitas dificuldades por conta do cenário político-econômico atual, o que limita a possibilidade de expansão de capital da empresa e o desenvolvimento de ideias inovadoras. “O Brasil não é um país como os EUA, o acesso ao capital lá é mais abrangente”, diz.

Neste programa, denominado “Startup Visa”, são duas as possibilidades de investimento. A primeira delas consiste no investimento mínimo de US$ 345 mil, quantia que pode ser levantada por meio de investidores privados (PF ou PJ) nos Estados Unidos. Há também, a opção de investir US$ 100 mil por meio de arrecadações de instituições federais, estaduais ou entidades governamentais locais, ou seja, o município pode fazer um investimento na sua empresa. Rodrigues reforça, porém, que ambas as opções requerem uma participação mínima de 15% na Startup.

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“É a primeira vez que o empreendedor brasileiro pode vir para os Estados Unidos sem ter que entrar pelo programa de visto tradicional”, conta o especialista, que está em Nova York para participar de reuniões e debates sobre o assunto.

Ao aplicar para o “Startup Visa”, o empreendedor precisa abrir uma empresa societária nos Estados Unidos, ter um consultor e um advogado americanos, assim como fazer uma petição para o governo americano alegando que o investimento mínimo foi atingido e que possui 15% de participação na Startup.

Segundo Rodrigues, o investidor terá um período de dois anos para levantar os recursos para a empresa. Se tudo der certo, ele pode estender sua permanência nos Estados Unidos para mais três anos e depois de um período de cinco anos, pode se candidatar ao Green Card.

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“O programa abre a oportunidade de ter uma empresa na maior economia do mercado, permitindo o acesso a várias formas de capital que podem investir no seu empreendimento ou até comprar a sua empresa no futuro”, diz Rodrigues. “As pequenas e médias empresas no Brasil não têm acesso ao mercado da Bolsa, ao contrário dos Estados Unidos”, conclui.

O programa, que está em período de aprovação até o final do mês outubro, já está em discussão no Congresso Americano e, segundo Rodrigues, deve vigorar até o final deste ano.