Crowdfunding permite investimentos a partir de US$ 2.500 em imóveis no exterior

SÃO PAULO – Investir no exterior é desejo de muitas pessoas atualmente. Há, porém, muitas barreiras que impedem que o investidor que tem pouco capital aplique fora do país, principalmente se ele quiser comprar um imóvel. Mas já é possível investir no mercado imobiliário internacional com US$ 2.500: a Bricksave, uma plataforma de Crowdfunding (a famosa ‘vaquinha virtual’) imobiliário, permite que pequenos e médios investidores da América Latina tornem-se proprietários de uma fração do imóvel com investimento mínimo de US$ 2.500. “Nós queremos facilitar o pequeno investidor a investir no mercado imobiliário de qualquer lugar do mundo”, afirma Sofia Gancedo, economista e diretora de operações da Bricksave.

A ferramenta dá ao investidor o poder de escolha, que pode se basear na seleção da localização, no tamanho da propriedade e nos rendimentos esperados. Isso permite, de acordo com a economista, uma distribuição de riscos e uma diversificação da carteira, a qual pode conter aplicações em imóveis de vários países.

Até o momento já foram realizados dois projetos em Buenos Aires e um em Miami, que ainda está sendo financiado. A Bricksave capta o dinheiro por meio do crowdfunding e compra o imóvel já pronto, para em seguida começar a alugar os apartamentos.   Duas propriedades em Miami também estão na lista de projetos e a expectativa é investir também em São Paulo, Nova Iorque, Londres, Paris e Cingapura. Sofia explica que as propriedades escolhidas são de alto padrão e localizadas em lugares próximos a hospitais, centros comerciais, escolas, lojas, mercados etc, de modo que há sempre uma demanda por novos apartamentos.

A ideia é oferecer ao investidor um leque de opções de imóveis ao redor do mundo, sem que este tenha que se preocupar com corretores, escrivães e processos imigratórios. Além disso, por se tratar de uma propriedade que será alugada e gerida pela Bricksave, o investidor não precisa se preocupar com o longo processo da compra de imóveis, que envolve a responsabilidade de encontrar inquilinos, pagar as contas e impostos e administrar a propriedade.

A plataforma conta com uma interface simples e acessível para o usuário. Sofia conta que o investidor pode acompanhar tudo por meio de um painel de controle, que informa a carteira de investimentos, os rendimentos, os valores de aluguel e da propriedade etc. “As pessoas se espantam porque é um modelo simples e elas estão acostumadas a lidar com abordagens mais complexas no mundo dos investimentos”, diz a economista.

Para começar a investir o investidor precisa aplicar um mínimo de US$ 2.500, apresentar uma cópia do passaporte e assinar um contrato, que pode ser enviado de forma online, para legitimar sua entrada na sociedade. O retorno do investimento começa a partir da compra da propriedade e volta em forma de aluguel, com retorno estimado de 8,5% a 12% por ano, podendo ser retirado ao final de cada ciclo de 12 meses. Após quatro anos, ou quando o imóvel tiver uma valorização de 20% em relação ao valor inicial, este é vendido e os Crowdfunders recebem a quantia investida somada a um valor, proporcional ao investimento, da valorização da propriedade.

Em relação à recente chegada da Bricksave no Brasil, Sofia afirma estar confiante e diz acreditar no grande potencial do país: “Nós acreditamos que o mercado brasileiro é muito atraente pra isso, porque é um mercado sofisticado, em que as pessoas usam a internet, têm poupança, são trabalhadoras. Essa massa, porém, pode não estar ciente dessa possibilidade [de investimento]; nós estamos criando o mercado e acreditamos que será uma alternativa atrativa.”

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