Quais os melhores investimentos para quem tem R$ 60 mil?

Eliane Tanabe Deliberali, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta

Tenho 38 anos, solteiro e sem filhos. Tenho um financiamento imobiliário no valor de R$ 100 mil  do apartamento que moro e tenho R$ 60 mil para investir sem prazo definido. Atualmente, R$ 50 mil estão aplicados em um CDB e o restante parado. No final do ano vou usar R$ 10 mil para amortizar o financiamento, fora isso nao tenho prazo para usar esta reserva de R$ 60 mil. Qual a melhor opção de investimento?

Leitor: Rodrigo

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Resposta de Eliane Tanabe Deliberali, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF

Olá Rodrigo, tudo bem?

Fico contente em responder a sua pergunta, pois ela é a dúvida de muitos investidores. Como princípio básico para qualquer investidor, a melhor opção de investimento será aquela que melhor atender fatores particulares como o seu objetivo de investimento, perfil de investidor, horizonte de tempo e o valor disponível para investir.

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Você já alcançou um montante que provavelmente é o que o leva a questionar se há melhores alternativas para potencializar o retorno de seus investimentos e vejo que você apresenta dois objetivos em sua pergunta. Primeiro, para o seu compromisso de R$ 10 mil para amortizar o financiamento, sugiro que utilize o recurso parado em conta e amortize imediatamente o seu financiamento. Apenas se isso realmente não seja possível agora, sugiro que aplique esse recurso e quando decidir amortizar o financiamento, utilize o recurso investido atualmente no CDB, pois acredito que já esteja em patamares menores de alíquotas de imposto de renda e o seu CDB, provavelmente oferece a alternativa da liquidez diária. Para CDB, a alíquota de IR se inicia em 22,5% sobre o rendimento e a cada período de 180 dias reduz em 2,5%, chegando à alíquota de 15% após 720 dias.

Já para o segundo objetivo de investimento vamos levar em conta os R$ 50 mil disponíveis. Considerando o fato de morar sozinho e ter o compromisso de pagamento do financiamento imobiliário, torna-se importante manter uma reserva para eventuais emergências ou imprevistos. Sugiro então estabelecer qual é o valor que o oferece esse conforto e para esse valor buscar alternativas de baixo risco e alta liquidez que o permita resgatar o recurso a qualquer momento. Os investimentos com essas características são CDB pós-fixado que as instituições financeiras geralmente emitem o certificado com liquidez diária, porém é preciso avaliar as taxas oferecidas e também considerar o imposto de renda; a LFT, Letra Financeira do Tesouro que oferece rentabilidade atrelada à taxa de juros Selic, considerada de baixo risco por ser emitida pelo Tesouro Nacional via site do Tesouro Direto. Porém, neste caso é preciso ter cadastro em uma Instituição Financeira (agente de custódia) de seu relacionamento e avaliar as taxas cobradas, além do imposto de renda que incide sobre esta modalidade. Os Fundos de Investimento DI que é preciso avaliar as taxas de administração cobradas, considerar o imposto de renda e o valor mínimo requerido. E, a Poupança que pode ser interessante por ser isenta de imposto de renda.

Já o restante dos seus recursos poderia ser diversificado em alternativas que possam oferecer uma melhor margem de retorno, para planejamentos de médio ou longo prazos como é seu caso. Existem alternativas interessantes a considerar como, por exemplo, outros títulos públicos como LTN, NTN-B, NTN-B Principal, NTN-F, além da própria LFT ou, ainda, outros títulos privados como LCI e LCA, que têm sido bastante ofertadas pelas instituições financeiras e contam com a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Créditos para valores de até R$ 250.000,00 por CPF.

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Cada uma dessas alternativas possui características a serem avaliadas de acordo com seu perfil e real disponibilidade do recurso (horizonte), pois dependendo das condições oferecidas, essas alternativas apesar de oferecerem retornos mais atraentes, ou em alguns casos a isenção de imposto de renda para pessoas físicas, podem requerer um prazo de carência que limitem sua liquidez, não sendo possível resgatar o valor investido mais o rendimento antes de determinado prazo. Também é importante avaliar as tendências do cenário econômico e os indicadores de taxa de juros e inflação que podem causar oscilações nos casos dos títulos com taxa pré-fixadas.

Reavalie de tempos em tempos a sua carteira de investimentos!

Um forte abraço!

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Eliane Tanabe Deliberali é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Perguntas devem ser feitas no formulário http://www.infomoney.com.br/onde-investir/infomoney-responde-formulario-pergunta