Após subir 25% em 3 dias, ainda vale a pena comprar as ações do Magazine Luiza?

O "ML Day 2017", evento realizado semana passada, ajudou a diminuir as "ressalvas" que alguns investidores viam no papel

Weruska Goeking

(Divulgação)

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SÃO PAULO – As ações da Magazine Luiza (MGLU3) acumulam valorização de 25% em três pregões, incorporando lucros para quem seguiu a Carteira InfoMoney de dezembro, divulgada dia 6 para os leitores do InfoMoney e em 30 de novembro para os alunos do curso “Como Montar uma Carteira de Ações Vencedora” (não conhece o curso? Clique aqui!).

E quem não seguiu a recomendação de Thiago Salomão, analista responsável pela Carteira Recomendada InfoMoney, ainda dá tempo de surfar essa onda de alta?

De acordo com o analista, os três motivos que o levaram a incluir o ativo em seu portfólio deste mês ainda permanecem no radar e o “ML Day 2017”, evento realizado semana passada na sede da varejista em São Paulo, ajudou a diminuir as “ressalvas” que alguns investidores viam no papel.

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“Acredito que há espaço para a ação continuar subindo, mas quem não pegou a alta de 25% vai entrar com risco muito maior e potencial de retorno muito menor”, explica Salomão.

O primeiro motivo para comprar a ação do Magazine Luiza é a expectativa de fortes resultados no quarto trimestre, alimentada pelo bom desempenho nos últimos balanços e Black Friday “extremamente aquecido”.

A segunda justificativa vem da inclusão do ativo na carteira trimestral do Ibovespa que entra em vigor em janeiro. A ação entrou na primeira prévia do principal índice da B3 e outras duas ainda devem ser divulgadas, mas Salomão considera “provável” que ela se mantenha no índice do próximo trimestre.

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Neste cenário, os fundos que fazem investimentos atrelados à composição do Ibovespa terá que comprar o papel, movimento que por si só aumentaria a posição compradora do ativo – especialmente nos últimos dias do mês.

O terceiro motivo foi a queda dramática da ação desde setembro, quando o ativou perdeu quase 40% de seu valor. 

Além dos três motivos que já justificava a compra do ativo no início do mês, Salomão destaca que o “ML Day”, que teve a participação de mais de 170 analistas e investidores, pode ter sido o gatilho que faltava para muitos investidores entrarem no papel.

Em resumo, não foi anunciada nenhuma informação disruptiva ao ponto de justificar a disparada da ação. No entanto, como havia muitos investidores – e como muita gente no mercado ainda não tem Magazine Luiza em carteira, apesar da disparada de 2.800% desde 2016 -, a novidades anunciadas pela empresa somadas com o cenário otimista desenhado pelos diretores durante o evento podem ter servido de combustível para o mercado.

Os diretores anunciaram a entrega expressa, que consiste em realizar entregas de produtos em até 2 dias para compras feitas via aplicativo da empresa e o CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, abriu o evento falando que a empresa é hoje “o maior caso de ‘omnicanalidade’ (integração das lojas físicas, virtuais e compradores) do mundo”.

Ele disse ainda que a varejista pretende abrir bem mais do que 60 lojas no ano que vem e quer aumentar significativamente os investimentos em relação aos R$ 150 milhões. 

Neste sentido, Salomão afirma que – se a carteira fosse montada hoje – seguiria comprando Magazine Luiza, no entanto, sua participação no portfólio seria menor, saindo da casa dos 5% para 2,5% do total, devido ao maior risco. 

“Magazine Luiza tem excelente potencial e tem esse driver que é a entrada no Ibovespa que me deixa confortavel que o papel talvez não sofra uma queda tão forte caso venha uma realização de lucros. A demanda de fundos também deve puxar para cima”, explica o analista.