Ambev: é hora de encher o copo? Credit Suisse diz que sim

 A melhora nos resultados deve ser impulsionada pela recuperação no mercado brasileiro de cerveja, ajudado também pelas operações na Argentina

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O Credit Suisse elevou a recomendação para as ações da Ambev (ABEV3) de neutra para outperform (acima da média do mercado, o equivalente a compra) nesta semana. “Depois de dois anos de resultados fracos, acreditamos que a Ambev irá retomar um crescimento forte em 2018”, afirmam os analistas, sinalizando que é hora de encher o copo, ou os bolsos, com ações da empresa.

 Com as perspectivas otimistas, o preço-alvo do papel também foi elevado de R$ 20 para R$ 23,50, valor 11% acima do fechamento de quarta-feira (13). A expectativa do banco é de que a receita cresça 10% em 2018 e o ebitda avance 18% no período. O lucro líquido deve saltar 25% no próximo ano.

 A melhora nos resultados deve ser impulsionada pela recuperação no mercado brasileiro de cerveja, ajudado também pelas operações na Argentina. “O momentum na Argentina parece bem melhor, com alta de 20% nos volumes no segundo trimestre. A introdução da marca Budweiser também deve ajudar no avanço no país”, afirmam os analistas.

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 Ainda no mercado de cervejas, os analistas acreditam que a Ambev pode ganhar participação de mercado com a Heineken, que passou a integrar a linha de produtos da companhia após a aquisição da Brasil Kirin no início de 2017.

 “Em caso de qualquer problema na distribuição da Heineken, acreditamos que a Ambev é a empresa melhor posicionada para capturar a participação adicional. Pelas nossas conversas com a indústria, a Petropolis, tem poucas condições de ganhar mercado porque está operando com baixa capacidade ociosa”, avalia o Credit Suisse.

 A expectativa é de que a Ambev pague dividend yield de 4,7% em 2018, ante 3,3% em 2016 e 2017. “Depois do rali dos papéis de consumo discricionário neste ano, acreditamos que a Ambev é um dos poucos casos com bons gatilhos micro e que está negociando com desconto em relação à média histórica”, afirma o Credit Suisse.