Coinvalores recomenda ação, mas espera resultados só em 2016

Analistas recomendam ação, mas estão céticos quanto a desempenho de papel no curto prazo

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A corretora Coinvalores divulgou relatório em que recomenda compra para a Marcopolo (POMO4). Além da recomendação positiva, a equipe de análise ainda estima um preço-alvo de R$ 3,15 por ação, o que totaliza um potencial de valorização de 6,78% em relação ao fechamento do dia 23 de abril de 2015.

A Marcopolo foi fundada em 1949 e é líder no mercado brasileiro no segmento ônibus, com mais de 40% da comercialização de carrocerias de ônibus. A empresa produz ônibus rodoviários, urbanos, midi, micro e miniônibus e ainda conta com quatro unidades produtivas no Brasil e mais sete no exterior.

Para os analistas, mesmo diante da conturbada conjuntura macroeconômica e setorial, existem oportunidades interessantes para o desempenho das operações da companhia no médio prazo. “Dentre elas, cabe destacar a regulamentação da Lei (12.996/14) que muda o interestadual para o de autorização, que deve ter seus detalhes divulgados pela Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), até junho desse ano, destravando o segmento”, escreve a corretora.

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Essa mudança na regulamentação deve gerar demanda adicional de 400 a 800 unidades de ônibus interestaduais, que têm maior valor agregado, por ano entre 2015 e 2018. A Coinvalores ainda destaca que a companhia detém 80% de market share nesse mercado no Brasil. No mercado internacional, as perspectivas seguem positivas, especialmente no México, que tem apresentado recuperação, e na Índia, que segue com demanda aquecida, de acordo com os analistas.

A corretora afirma que, no curto prazo, a companhia está sendo afetada por atrasado no programa do governo federal Caminhos da Escola, incertezas com dispêndios públicos em mobilidade urbana e seu suposto aparecimento na operação Zelotes, que investiga sonegação de impostos.

Já no médio prazo, a Coinvalores espera aumento de margens e faturamento para o período de 2016 a 2018, especialmente por conta da expansão do volume faturado com ônibus rodoviários e melhor desempenho da empresa nas regiões onde tem atuação. “Nossa recomendação de compra pauta-se por um contexto mais positivo a partir de 2016. Para este ano continuamos céticos em relação ao desempenho do setor”, finaliza a equipe de análise.