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SÃO PAULO – A volatilidade segue presente no mercado acionário brasileiro e o investidor que já tem ou pretende montar alguma posição na Bolsa precisa ter frieza e paciência. A opinião é de Carlos Takahashi, presidente da BB DTVM (gestora de recursos do Banco do Brasil), a maior asset do país com um patrimônio líquido de R$ 554 bilhões em janeiro deste ano.
Ele afirma que uma gestão ativa, baseada no stock picking (análise individual de ações com base nos fundamentos da empresa) pode fazer mais sentido e trazer retornos melhores. Mas o executivo também lembra que mesmo os fundos ativos enfrentaram dificuldades no primeiro mês do ano. Em janeiro, os fundos classificados como Ações Livre apresentaram queda de 5,03%. “Muitos fundos bateram o Ibovespa e o IBrX, mas não conseguiram sair do campo negativo”, destaca. Já no mês de fevereiro, quando o Ibovespa subiu 9,97%, estes fundos tinham rendido 6,83% até o dia 26 (dados mais recentes divulgados pela Anbima).
Para quem investe de forma passiva, em fundos que seguem o Ibovespa ou algum outro índice representativo da Bolsa, ele alerta que o fluxo de investimento pode trazer volatilidade e surpresas durante o ano. “A Bolsa conseguiu ao longo da sua história atrair não só o investidor doméstico, mas também o investidor estrangeiro. Este é um dinheiro que ‘vai e vem’ com uma velocidade muito rápida e isso traz um impacto forte no índice”, destaca.
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Diante deste cenário, Takahashi aconselha que os investidores mantenham uma postura mais conservadora, olhando os ativos que não ainda não se distanciaram dos fundamentos. O gestor também lembra que é importante que o investidor de ações pense no longo prazo. “[a Bolsa] É principalmente para quem está olhando em um horizonte de tempo bastante largo”, diz.
É claro que existem oportunidades mais pontuais, para aqueles que fazem operações mais curtas, mas esse tipo de transação não é indicada para a maioria das pessoas. “[estes investidores] podem encontrar papéis que estão em um bom momento de compra. Mas precisa ter muita frieza e racionalidade”, conclui Takahashi.