Gestor acredita que bolsa vai subir forte no segundo semestre; veja suas apostas

Executivo elogia as atuais políticas econômicas tomadas pelo governo federal

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Mesmo com o cenário macroeconômico bastante complicado no Brasil, com crescimento próximo de zero e inflação batendo no teto da meta, a bolsa de valores de São Paulo vai marcar forte valorização a partir do segundo semestre de 2015, prevê James Gulbrandsen, sócio da gestora NCH Capital. Ele vê os ajustes da política monetária e fiscal que vem sendo realizados pela nova equipe econômica do governo como fundamentais para recuperar a confiança dos investidores e para que o Brasil cresça com mais vigor e dinamismo a partir de 2016.

“Estou de acordo com o objetivo traçado pelo ministro Joaquim Levy, de reestabelecer as bases de um novo modelo de crescimento, menos focado no consumo e mais dependente do investimento privado”, atesta sócio da gestora.

Entre as oportunidades que podem começar a surgir nesse cenário, o gestor destaca o setor de consumo. Para o especialista, com uma potencial melhora econômica, o mercado deve precificar isso no setor e a Renner (LREN3) é uma das companhias que pode se beneficiar deste movimento, junto com a Hering (HGTX3) e a Marisa (AMAR3).

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Outros papéis que a gestora acredita são os de companhias que não dependem tanto do cenário macroeconômico para se desenvolver, como a Cielo (CIEL3), Cetip (CTIP3), Linx (LINX3), Odontoprev (ODPV3) e Raia Drogasil (RADL3).

Para Guldbrandsen, o cenário internacional cria incentivos adicionais para que o Ibovespa marque forte alta, uma vez que o afrouxamento das políticas monetárias na zona do Euro e no Japão, além dos incentivos fiscais anunciados pela China para estimular sua atividade econômica gerarão excesso de liquidez no mercado internacional.

O executivo destaca ainda que o Ibovespa é um dos índices mais subvalorizados dentre as nações emergentes. “Possivelmente, no segundo semestre desse ano, essa defasagem diminuirá, principalmente se a Petrobras passar por uma reestruturação significativa em sua gestão, o que seria bem recebido pelo mercado”, aponta.

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Além disso, a perspectiva de uma elevação de juros menor do que a esperada pelo Fed (Federal Reserve Bank) nos EUA contribui para que o risco de fuga de capitais em países emergentes seja mitigado.

As indicadas
A Renner atua no comércio varejista, com atuação em vestuário e em casa e decoração no Brasil, contando com mais de 150 lojas em todas as regiões do Brasil. Já a Hering, por sua vez, é uma companhia com mais de 130 anos e quatro marcas de vestuário: Hering, Hering Kids, PUC e Dzarm. A outra companhia do setor de vestuário indicada por Guldbransen é a Marisa, que foi fundada em 1948 e tem mais de 400 lojas no país.

A Cielo atua no mercado de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito. A Cetip tem atuação como integradora do mercado financeiro, oferecendo produtos e serviços de registro, custódia, negociação e liquidação de ativos e títulos.

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Com atuação na área de TI, a Linx fornece soluções em softwares de gestão para várias áreas do varejo. A Odontoprev é a maior operadora de planos odontológicos do Brasil, com 6 milhões de beneficiários. Por fim, a Raia Drogasil é uma rede de farmácias com mais de 800 lojas em todo o país.