4 ações com potencial para subir mais de 60% em 12 meses

A Coinvalores afirmou que as ações da companhias Braskem, Gerdau, Iochpe-Maxion e JSL irão se destacar neste ano

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Quatro, entre 75 ações da Bovespa analisadas pela Coinvalores em seu relatório mensal de Análise de Mercado, tem potencial para subir mais de 60%, de acordo com o preço-alvo de 2014 calculado pela corretora.

As ações das companhias Braskem (BRKM5), Gerdau (GGBR4), Iochpe-Maxion (MYPK3) e JSL (JSLG3) foram as que mais se destacaram pelo seu potencial, segundo a análise da Coinvalores. Elas podem subir, respectivamente, 58,9%, 61,8%, 65,2% e 59,1%.

Braskem
A Braskem é líder no mercado de resinas termoplásticas das Américas e maior produtora de polipropileno dos Estados Unidos, com foco em polietileno, polipropileno e PVC. Ocupa posição destacada entre as grandes produtoras globais e atua com a perspectiva de estar entre as maiores organizações do setor no mundo. Hoje, é uma das principais empresas exportadoras brasileiras, com presença em cerca de 60 países e em todos os continentes.

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Em linha com o que a corretora esperava, os EUA estão num processo de recuperação consistente, vide a evolução do PIB do 2º trimestre de 4%. Nesse contexto, a Coinvalores continua entendendo que o mercado norte americano (17% da receita líquida em 2013) terá papel crucial no desempenho da companhia. “Em contrapartida, por aqui (57% da receita líquida no ano passado) em meio a um cenário político incerto e maior escassez de crédito, vislumbramos impacto na demanda por petroquímicos em razão da contração do consumo. Ainda que o contexto externo seja mais ameno, principalmente por conta das melhores expectativas relacionadas à demanda europeia, fim do inverno nos EUA e perspectiva de retomada da demanda asiática, continuamos vislumbrando que as incertezas internas serão determinantes no curto prazo. Recomendamos exposição aos papéis da companhia somente aos investidores com foco no médio/longo prazo”, disse.

Gerdau
A Gerdau é líder na produção de aços longos (para os setores de construção civil, indústria e agropecuária) nas Américas e uma das maiores fornecedoras de aços longos especiais do mundo. Possui presença industrial em 14 países, com operações nas Américas, na Europa e na Ásia, as quais somam capacidade instalada superior a 25 milhões de toneladas de aço. É a maior recicladora da América Latina.

Passados os efeitos do rigoroso inverno nos EUA, o PIB do 2º trimestre com avanço de 4% nos EUA, confirmou a expectativa da Coin de melhoria econômica por lá, fato que deve favorecer as operações da companhia. Ainda assim, questões domésticas como as incertezas atreladas às eleições, que acabam por represar decisões de investimentos, a letargia das reformas infraestruturais bem como as perspectivas menos otimistas para o segmento de construção civil no curto prazo devem continuar representando pressão para a companhia em bolsa. “Nesse contexto, reiteramos nosso parecer de compra para GGBR4 para investidores com foco no médio/longo prazo”, afirmou.

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Iochpe-Maxion
A Iochpe-Maxion foi fundada em 1918, no estado do Rio Grande do Sul atuando inicialmente no ramo madeireiro. Atualmente as atividades da companhia desenvolvem-se majoritariamente em torno do mercado de autopeças, pela Divisão Rodas e Chassis, Divisão Fumagalli e Divisão Componentes automotivos, além da atuação no mercado de equipamentos ferroviários através da Amsted-Maxion. Possui plantas no Brasil, China e México bem como depósitos e escritórios espalhados pelo mundo.

Os analistas da corretora afirmaram que continuam olhando com bons olhos para a diversificação de atuação da Iochpe-Maxion tanto em termos de mercados como em segmentos. Tal disposição operacional deve amenizar os potenciais efeitos da perspectiva de acomodação da demanda interna por veículos. Ademais, o segmento de vagões e fundidos ferroviários conta com perspectivas positivas no médio/longo prazo, sobretudo pela implacável necessidade de investimentos produtivos. Os pacotes governamentais de concessão de rodovias e ferrovias também podem se traduzir em impacto positivo para a Iochpe-Maxion. “Nesse contexto, continuamos recomendando compra para suas ações”, disse.

JSL
Fundada em 1956 como Julio Simões, a atual JSL presta serviços logísticos desde o transporte de cargas até a terceirização total das cadeias produtivas em todo o território nacional e em mais quatro países da América Latina. De forma integrada, a companhia ampara suas atividades sob quatro linhas de negócios: (i) serviços dedicados à cadeia de suprimentos; (ii) gestão e terceirização de frotas; (iii) transporte de passageiros e (iv) transporte de cargas gerais. Como atividade secundária, a companhia comercializa seus ativos através de lojas próprias de seminovos e em concessionárias de veículos, o que permite a renovação da frota operacional. Destaca-se por sua atuação diversificada em mais de 16 setores da economia e liderança no setor.

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Em aspectos operacionais, a Coinvalores considera o resultado do 2°Trim/14 apresentado pela JSL foi bom, com receita líquida e EBITDA vindo levemente acima do que esperávamos. Apesar da fraca atividade econômica que traz impacto direto tanto para os serviços logísticos quanto para as vendas de seminovos e concessionárias, a companhia reportou crescimento em todos os seus segmentos de atuação. Entretanto, o resultado financeiro foi significativamente maior daquilo que estimávamos, pois o custo médio da dívida líquida foi de 9,2% no 2°Trim/14, aumento de 0,6 p.p. em relação ao 2°Trim/13. “Consideramos que o guidance apresentado pela companhia condiz com a realidade do mercado, pois se situa em níveis abaixo dos anos anteriores e torna-se bastante factível de ser atingido. Embora o curto prazo sugira cautela sobre a JSL, permanecemos com a recomendação de compra tendo em vista o elevado desconto em seus papéis negociados em bolsa”, finalizou a corretora.