Veja as ações que tomaram muito mais que 7 gols durante a Copa do Mundo

As cinco ações que mais desvalorizaram no período foram as da MMX, da Oi, da PDG Realty, da Tim e da Eletrobras

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Durante a Copa do Mundo, a atenção dos investidores mudou do homebroker para a televisão, o que diminuiu o volume de negociações da bolsa, como já era esperado. No entanto, entre um jogo e outro, a vida continuou e as ações continuaram refletindo os resultados das empresas, o cenário macroeconômico, as eleições e a própria Copa.

Das 70 ações (de 67 empresas) do Ibovespa, principal índice da bolsa de valores paulista, 33 tiveram alguma valorização no período de 12 de junho a 13 de julho, enquanto 37 tiveram desempenho negativo.

As cinco ações que mais desvalorizaram no período foram as da MMX (MMXM3), com queda de 29,92%, da Oi (OIBR4), que caíram 26,82%, as da PDG Realty (PDGR3), com perdas de 14,55%, da Tim (TIMP3), com desvalorização de 11,88%, e da Eletrobras (ELET3), que perderam 11,41%.

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De acordo com Clodoir Vieira, economista e consultor da Compliance Comunicação, nenhuma delas teve uma ligação direta com o evento, mas sim com outros eventos que ocorreram ao mesmo tempo.

Em relação à MMX, ele afirmou que a queda forte está ligada à “história de sempre, com as complicações do grupo X, que é muito polêmico, desde a sua criação”. “Ela sempre sobe muito rápido e cai muito rápido… A volatilidade dela é enorme, sempre em volta de notícias pontuais”, explicou.

Sobre a Oi, Vieira disse que a queda está ligada ao impasse da fusão com a companhia Portugal Telecom e do pagamento da dívida da Rioforte. Todo o imbróglio foi responsável por fazer as ações da empresa caírem de R$ 2,25 para R$ 1,54 no fechamento de 10 de julho, no menor patamar desde maio de 1999. Em 2014, tanto as ações ordinárias como as preferenciais já caíram mais de 50%.

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No entanto, essa situação já mudou de figura nesta quarta-feira (16), afinal, a Rioforte anunciou o calote e a fusão foi confirmada, o que está levando os papéis PN valorizarem mais de 15% e os ON mais de 12% no intraday deste pregão.

Já as ações da Eletrobras, ainda sofrem com a falta de confiança dos investidores, causada pelo excesso de intervenções por parte do governo. “É uma ação que sofre desde a MP 579 e vai continuar apanhando até termos uma troca de governo e a confiança ser reestabelecida”, afirmou o especialista.

Por fim, sobre o setor de setor de construção, segundo Vieira, ele segue desaquecido, em função do mercado. “Eles não tem conseguido repassar o preço e as vendas vêm caindo. O negócio está feio para esse setor”, finalizou.