3 bons motivos para fugir do gerente do banco na hora de investir

SÃO PAULO – Investir bem tem se tornado uma preocupação de cada vez mais pessoas que desejam alcançar os mais diversos objetivos, desde viagens, um carro, até a trnaquilidade financeira durante a aposentadoria. No entanto, para investir bem é necessário ter uma assessoria financeira confiável, que entenda seus objetivos e tenha as melhores sugestões de produtos, o que nem sempre condiz com o objetivo dos gerentes dos bancos de varejo.

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O primeiro motivo para fugir de seu gerente de banco na hora de investir é, de acordo com a educadora financeira Eliana Bussinger, a falta de produtos no banco para quem pensa em investir para o longo prazo. “O grande investimento financeiro na vida de uma pessoa deve ser a preparação para a aposentadoria e os grandes bancos não oferecem boas opções para atingir esse objetivo”, afirma a especialista.

A educadora financeira destaca que para a aposentadoria, por exemplo, os bancos oferecem apenas um único produto: o plano de previdência. De acordo com ela, falta variedade de investimentos e produtos mais adequados. Ela ressalta, no entanto, que esse é um problema de todo o mercado financeiro no Brasil que, de modo geral, ainda é pouco desenvolvido e precisa de mais variedade de produtos.

Outro ponto que a educadora destaca como uma desvantagem dos bancos de varejo são as altas taxas de administração. “Dependendo do investimento, as taxas até podem ser barganhadas, mas ainda assim são muito altas, especialmente as de carregamento, que realmente pesam em investimentos como o da previdência”, explica a educadora financeira.

Para quem pensa em investir em previdência privada, por exemplo, as taxas costumam ser mais baixas em seguradoras do que em bancos. “Além disso, quando o investidor tem mais dinheiro, o próprio banco de varejo começa a indicá-lo para seu banco de investimentos, que, geralmente, possui produtos mais adequados”, afirma a educadora. Ela ainda recomenda que o próprio investidor procure por gestoras independentes, que costumam ter taxas mais atrativas.

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Eliana explica ainda que há uma grande falta de sintonia entre os desejos dos investidores e o que o gerente do banco acaba oferecendo para o cliente. “Os gerentes muitas vezes têm metas de vendas e isso acaba não sendo bom para o investidor e sim para o banco, uma vez que muitos produtos oferecidos não são os mais adequados”, destaca Bussinger.

No entanto, a especialista ressalta que, independentemente de onde a pessoa invista, o mais importante de tudo é que ela tenha conhecimento do que está fazendo com seu dinheiro. “É extremamente importante conhecer muito bem o mercado em que se investe, e acompanhar seus investimentos para ver se seu gerente, administrador ou corretor está tomando as decisões corretas”, finaliza.