Mesmo com alta, HSBC ainda vê alto potencial de valorização para Embraer

O potencial de valorização é de 39,9% por ação

Leonardo Pires Uller

Publicidade

SÃO PAULO – Do dia 13 de janeiro de 2013 ao dia 13 de janeiro de 2014 as ações da Embraer (EMBR3) se valorizaram 38,85%, mas nem por isso os analistas do HSBC parecem menos confiantes que o papel irá se valorizar mais ainda. Em recente relatório, o research da instituição atribuiu classificação de Overweight (semelhante à recomendação de compra) e estipula um potencial de alta de 39,9% para a ação.

Quer saber mais sobre os termos usados no mercado financeiro? Acesse o glossário InfoMoney

Sobre os motivos que justificam a escolha, um dos principais é o forte desempenho que a companhia deve apresentar nos resultados do quarto trimestre de 2013. Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam que a empresa registrou 36 entregas no período, resultado considerado espetacular pelos analistas do HSBC.

Continua depois da publicidade

“A capacidade de cumprir o guidance de 2013 era a principal preocupação do investidor na história das ações Embraer”, afirma a instituição. Com os dados do governo brasileiro, esse temor praticamente se dissipa, mesmo que haja alguma divergência entre esses dados e os da empresa, ela deve ser pequena, afirma o HSBC.

Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa

Além disso, os analistas destacam que esse número reforça a credibilidade da administração da empresa. Outros pontos positivos destacados pelos analistas são a desvalorização do real, que favorece exportadoras, e o pedido de 60 jatos E175, com possibilidade de compra de mais 90 unidades, por parte da American Airlines.

Continua depois da publicidade

Assim, a expectativa dos analistas é que o quarto trimestre seja sólido, uma vez que a empresa deverá entregar 92 jatos comerciais em 2013, número dentro de sua meta de entregar entre 90 e 95 aeronaves no ano. Essa meta era considerada improvável de ser batida, uma vez que a companhia só havia entregado 63% dela até o terceiro trimestre de 2013.

“Entretanto, observamos que ainda há falta de visibilidade sobre o desempenho dos segmentos de jatos executivos e de defesa no 4T13. Se não houver surpresas negativas nestes, a Embraer pode divulgar resultados excepcionais no 4T13”, pondera o HSBC.

Os principais riscos para a Embraer são a valorização do real, riscos de execução nos jatos de última geração E2, perda de participação de mercado e fracasso na recuperação da crise econômica no segmento de jatos executivos.