Publicidade
SÃO PAULO – Muito dinheiro de grandes investidores do mundo todo ainda está “parado”, à espera de uma oportunidade interessante de investimento. O sócio e gestor da Eagle Capital, Paulo Possas, aponta que em breve, todos estes recursos podem ser direcionados para as bolsas e, quando isso acontecer, o mercado pode ter forte alta.
Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na bolsa
“Sete trilhões de dólares estão estacionados à espera de um bom timing para reentrar nos mercados (…) Em algum momento os medrosos vão perceber que ficar em caixa não é prudente. É um contrato com perda garantida, já que os ativos podres da crise tem que ser diluídos pela inflação para poder ser digeridos. Em algum momento os retardatários vão correr para se desfazer do caixa e haverá um clímax nas Bolsas”, disse Possas, em carta aos cotistas da asset.
Continua depois da publicidade
Possas reforça que ativos internacionais do México, Colômbia, Turquia, Indonésia têm sido muito procurados, enquanto o Brasil não. “Mas se crescermos mais de 3% [no ano] com menos de 6% de inflação. Há uma parede de água para vir para cá”, diz.
Para o gestor, os investidores daqui anteciparam tanto as situações difíceis que começaram a ter comportamentos irracionais. Por isso, ele diz que o preço dos ativos reflete um quadro muito ruim e complexo, que dificilmente acontecerá integralmente.
“Todas as críticas são justificadas, todos os problemas são reais, mas a catástrofe não está às portas e, sobretudo, é improvável que tudo dê errado ao mesmo tempo(…)Sem desqualificar as críticas e as dúvidas que permeiam o nosso ambiente, acho que há muito exagero de gente jovem, impaciente, que não viu o Brasil dos 80’s e dos 90’s. Isso também passará e quem estiver bem posto será beneficiado”, diz Possas.
