CVM sobre suspeita de insider da LLX: “Todas as questões desse tipo são investigadas”

A alta, que ocorreu dois dias antes do anúncio da criação da MFX, foi a mais expressiva do Ibovespa na segunda-feira

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – A alta expressiva dos papéis da LLX (LLXL3), na última segunda-feira (4), levantou suspeitas de insider trading no mercado e pode ser investigada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), de acordo com o Presidente da autarquia, Leonardo Pereira, que não citou o caso especificamente, mas disse que todas as questões desse tipo são investigadas.

Os papéis da companhia do Grupo X, de Eike Batista, subiram 10,71% no último dia 4 de março, a R$ 2,17, exatos dois dias antes da companhia de logística anunciar que o empresário havia assinado um contrato com a BP para a criação de uma nova companhia, chamada de Marine Fuels X (MFX), para distribuição de combustíveis marítimos no porto Açu. O volume de negócios aumentou bastante nesta data: foi de R$ 36,4 milhões, ante média de R$ 15 milhões nos 5 pregões anteriores.

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“Todas as questões desse tipo que acontecem no mercado são investigadas pela CVM, eu posso assegurar isso”, afirmou o presidente à InfoMoney em um evento em São Paulo. “No entanto, quando nós abrimos uma possível investigação que pode dar algum processo, isso tem que ter uma proteção de informação. Por isso, eu não posso comentar o caso específico”, concluiu Leonardo Pereira.

A nova companhia do Grupo X, que deve iniciar atividades ainda em 2013, terá o objetivo de importar, exportar, vender e distribuir combustíveis marítimos sob a marca da BP Marine. Ela terá controle compartilhado entre a EBX e BP em 50% para cada uma.

A LLX, contatada pela InfoMoney, afirmou que não comenta rumores de mercado.