Novo recorde: ação da OGX intensifica perdas e renova mínima histórica

Companhia vê seus papéis registrarem forte queda nesta sessão, atingindo a mínima desde novembro de 2008

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio ao cenário cada vez pior para a OGX Petróleo (OGXP3), as ações da companhia atingem na sessão desta quarta-feira um novo recorde negativo. No intraday desta quarta-feira (13), os papéis da petrolífera de Eike Batista chegaram a valer R$ 2,44, o menor patamar desde que a empresa abriu seu capital na BM&FBovespa, em 2008. A mínima até então de OGXP3 era de R$ 2,50, obtido durante dois pregões de novembro daquele ano.

As ações da OGX registram fortes quedas nas últimas sessões, que decorrem principalmente do relatório de produção bastante decepcionante em fevereiro. Com os dados decepcionantes, seis bancos internacionais revisaram as suas estimativas e recomendaram a venda para os papéis OGXP3. Além deles, o Itaú BBA também revisou para baixo o preço justo previsto para OGXP3, indo de R$ 8,30 para R$ 2,90.

O Bank of America Merrill Lynch foi um dos que mais revisou as suas projeções para baixo, cortando também as estimativas futuras para as produções de petróleo da companhia. 

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As ações da companhia chegaram a registrar fortes ganhos na última semana, com alta de 16,44% de seus papéis em apenas uma sessão, após o grupo EBX anunciar parceria com o BTG Pactual (BBTG11). Isso afastou temporariamente os temores frente aos problemas de geração de caixa das companhias do grupo, que poderiam inviabilizar algumas operações. Os ativos bateram os R$ 3,40 e, desde então, registram baixa de mais de 26%. 

Último ano foi difícil para a companhia 
No acumulado de doze meses, as ações da companhia registram baixa acumulada de cerca de 85%. Os problemas começaram a ficar mais evidentes em junho de 2012, quando a OGX informou ao mercado que a vazão do poço de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, produziria muito menos do que fora prometido.

Em meio ao cenário ruim para o grupo, várias demissões foram feitas, o que afetou a credibilidade do grupo frente ao mercado. Desde então, os problemas se acumularam e a ação não parou mais de cair. Em fevereiro, o papel OGXP3 já figurava como um dos piores do Ibovespa, após a notícia de um poço seco no prospecto de Cozumel aumentar ainda mais as incertezas do mercado sobre a empresa e a produção baixa também em janeiro. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.