Relógio que custa mais de R$ 2,5 milhões teve todas as unidades vendidas

O acessório de luxo propõe introduzir a arte contemporânea na relojoaria de uma maneira nunca antes pensada

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O relojoeiro Richard Mille é conhecido por ultrapassar limites nas áreas de engenharia, design e também, nos preços de seus produtos, com uma média de US$ 185 mil por unidade. Desta vez, porém, ele decidiu ir mais além, criando relógios pintados no estilo graffiti para introduzir a arte contemporânea de uma maneira nunca antes pensada, cobrando US$ 800 mil por cada um (Cerca de R$ 2,56 milhões, pela cotação do dólar desta sexta-feira). O acessório pode ser encontrado no site oficial

Nomeado 68-01, um dos relógio mais caros do mundo foi desenhado em parceria com o famoso grafiteiro francês Cyril Phan, conhecido como “Kongo”. Acostumado a pintar grandes paredes, pontes e vans com suas cores vibrantes características, o artista teve que se adaptar ao tamanho reduzido do relógio, pintando centenas de micro partes para compor peças únicas e menores do que 6 cm.

De acordo com a rede americana CNBC, levou mais de um ano para que a tinta fosse criada, assim como, os pincéis utilizados para colorir as partes do aparelho, já que a tinta precisava ser fina e leve o suficiente para não impedir os movimentos microscópicos dos ponteiros e da engrenagem. “Quando os ponteiros giram eles mudam o cenário. O design nunca é o mesmo, mas é preciso passar uma mensagem e por isso, há uma mistura de cores que transmite significados em cada uma das unidades”, conta Mille.

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O empresário afirma que só fará 30 unidades deste relógio e, apesar de cada um custar US$ 800 mil, todos já foram vendidos. Mille diz que conseguiria facilmente vender 60 ou mais se quisesse: “Eu adoro que sempre temos uma demanda superior à nossa produção”, conta. “Se você prestar atenção nos leilões de casas, eles lidam com qualidade, raridade, autenticidade e uma dimensão artística. Nós trabalhamos com pequenos números e uma dimensão artística fantástica”, completa.

Questionado a respeito do preço do 68-01, Mille concorda que possa gerar controvérsias, mas ele conta que é o que busca. “O mercado de relógios está se tornando um negócio que pede por volume. As pessoas são obcecadas com volume. Eu não sou. Até porque, nós estamos no mercado de luxo”, conclui.