Bradesco e Visa lançam pulseira de pagamentos no Brasil

Jogos olímpicos servirão para teste do wearable que funciona com NFC

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A Visa e o banco Bradesco anunciaram nesta quinta-feira o lançamento de seu primeiro wearable de pagamento, a Pulseira Bradesco Visa. Com tecnologia NFC (Near Field Communication, que permite transmissão de dados por aproximação), o gadget está em período de testes para ser usado principalmente durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começam em 50 dias.

Exclusivamente brasileira, a pulseira de silicone funciona como um cartão pré-pago vestível. Cerca de 3 mil pessoas, entre influenciadores, atletas olímpicos e consumidores selecionados, receberão um exemplar com exclusividade. Não há previsão de lançamento ao público em geral e nem preço definido para tal, de acordo com Cesário Nakamura, Diretor do Bradesco Cartões: “é mais um teste mesmo, vamos ver como vai ser e a partir dessa experiência definiremos as possibilidades para o público”, explicou em evento a jornalistas em São Paulo.

Embora seja um produto para poucos, mais de 1,5 milhão de estabelecimentos já estão preparados para receber o pagamento com a pulseira, entre eles todos os pontos de venda dos Jogos Olímpicos.

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Pulseira Bradesco Visa

A tecnologia NFC já está presente em cerca de 80% das máquinas de pagamento do país e é a mesma que permite o uso de carteira eletrônica pelo smartphone – como o Apple Pay, que ainda não existe no Brasil, e o Samsung Pay, com o qual o Bradesco já está desenhando uma parceria. Já há até mesmo startups que usam a pulseira como forma de pagamento no país, mas esta é a primeira experiência de um grande banco. 

O controle do saldo da pulseira pode ser feito por meio de um aplicativo de celular e por um site, os quais contêm histórico de uso, saldo, opção de bloqueio do dispositivo e de recarga. Segundo a Visa, os pagamentos através da pulseira são protegidos pelos mesmos termos e condições dos cartões pré pagos.

Para usar, basta aproximar a pulseira de maquininhas que tenham o símbolo do NFC desenhados. Nesta versão teste, pagamentos de até R$ 50 não necessitarão nem mesmo da inserção de senha na máquina, para aumentar a rapidez das transações. “Você pode bloquear a pulseira pelo app na hora em caso de roubo ou perda”, explica Nakamura. 

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De acordo com Martha Krawczyk, vice-presidente de marketing da Visa do Brasil, o design da pulseira foi inspirado em pistas de corrida, acessórios esportivos, a tendência da moda atual e nos usos do material aplicado. Resistente e à prova d’água, o gadget foi feito para permitir uso mesmo durante a prática de exercícios físicos. Os botões ajustáveis são resistentes e dão segurança em movimentos bruscos.

Para os executivos de ambas as empresas, este é um primeiro passo para a ampla adoção dos wearables e novas formas de pagamento – que incluem celulares e outros meios vestíveis. “O cartão de plástico vai continuar, a gente não o vê umir tão cedo, pelo menos não na minha geração”, comenta Percival Jatoba, vice-presidente e produtos da Visa Brasil. Mesmo assim, os expositores acreditam que a migração será mais rápida no Brasil do que a última grande mudança dos meios de pagamentos, que substituiu a tarja pelo chip eletrônico. 

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney