Potências do G7 prometem reforçar defesas aéreas da Ucrânia diante de ataques russos

Ministros de Relações Exteriores das sete maiores potências mostraram disposição em fornecer apoio aos ucranianos, mas não anunciaram medidas efetivas em reunião na Itália

Reuters

Protesto de ativistas pró-Palestina contra reunião do G7 em Capri, na Itália - 19/04/2024. (Reuters/Stringer)

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Capri, Itália (Reuters) – As potências do G7 estão determinadas a reforçar as defesas aéreas da Ucrânia, disseram seus ministros das Relações Exteriores nesta sexta-feira (19), após repetidos ataques aéreos russos que destruíram a infraestrutura de energia e mataram centenas de pessoas.

O grupo das sete maiores potências – Itália, Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e representantes da União Europeia – tem criticado ferozmente a invasão da Ucrânia pela Rússia, que já dura mais de dois anos.

Entretanto, Kiev advertiu que eles precisam mudar a estratégia se quiserem que a Ucrânia resista aos ataques aéreos russos cada vez mais destrutivos. A Rússia nega ter como alvo civis durante seus ataques aéreos e diz que o sistema de energia é um alvo legítimo, mas centenas de civis foram mortos durante os ataques aéreos.

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O G7 “reforçará a capacidade de defesa aérea da Ucrânia para salvar vidas e proteger a infraestrutura essencial”, disseram os ministros das Relações Exteriores em nota oficial, acrescentando que aumentarão a assistência de defesa e segurança para Kiev.

“Estamos determinados a continuar a fornecer apoio militar, financeiro, político, humanitário, econômico e de desenvolvimento para a Ucrânia e seu povo”, acrescentaram.

A declaração do G7 chega ao final de uma reunião de três dias dos ministros na ilha de Capri, no sul da Itália, que teve a Ucrânia e os confrontos militares entre Israel e o Irã entre seus principais tópicos.

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Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba – que estava em Capri para a reunião – disse a repórteres que o G7 havia identificado medidas específicas para ajudar a impulsionar a defesa aérea da Ucrânia. Ele não forneceu mais detalhes.

Enquanto isso, a Alemanha já disse que entregará uma bateria de mísseis Patriot.

Após a cúpula, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a Ucrânia precisa de mais recursos imediatamente e alertou Pequim que as relações da China com a Europa serão prejudicadas se ela der apoio à indústria de defesa da Rússia. “Quando se trata da base industrial de defesa da Rússia, o principal contribuinte neste momento (…) é a China”, disse Blinken.

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“Se, por um lado, a China pretende manter boas relações com a Europa e outros países, não pode, por outro lado, estar alimentando o que é a maior ameaça à segurança europeia desde o fim da Guerra Fria.”