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SÃO PAULO – Se em 2011 apenas 25% dos veículos que circulavam em território nacional possuíam seguro, em 2013 este número saltou para 40%; um crescimento significativo, mas longe de ser o ideal.
Especialmente, se levamos em consideração o fato de que boa parte dos automóveis protegidos estão na região sudeste do país, onde há também maior concentração de renda. Um dos fatores que impede a adesão de um número maior de pessoas ao mercado é o preço do seguro.
Uma pedra no caminho que as seguradoras pretendem afastar com a vigência da nova Lei do Desmanche, aprovada neste mês pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. O portal Prestum Seguros conversou com algumas seguradoras para ver quais são as expectativas para o mercado de seguros.
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A legislação que regulamenta os desmanches tem como principal objetivo coibir a venda ilegal de peças e, consequentemente, reduzir o índice de roubos de veículos. O aproveitamento de peças usadas – devidamente certificadas – também implica uma redução de custos significativa. O gerente da área de Automóvel da Marítima Seguros, Adriano Fernandes, também ressalta a possibilidade de viabilizar a contratação de seguros para veículos mais antigos e/ou veículos com falta de peças no mercado.
“Dessa forma, abre-se um leque de oportunidades importante para o setor. Vale considerar que está em debate um projeto de lei federal sobre o mesmo tema. Caso a iniciativa entre em vigor em todo o país, teremos uma nova gama de consumidores para serem atendidos pelo mercado”, conclui Fernandes.
Já o diretor geral da Porto Seguro, Luiz Pomarole, reforça o fato de que só a publicação da lei não basta. Para que a medida tenha o efeito esperado é importante que exista uma fiscalização para o cumprimento da lei.
“Se houver a redução esperada de roubo/furto e se as seguradoras puderem oferecer, como opção, a modalidade em que se aplica peças usadas na reparação de um veículo (isso depende de aprovação da Susep), o custo do seguro poderá ser reduzido em até 30%, dependendo da região de circulação, do ano e do modelo doveículo”, avalia Pomarole.
O diretor-executivo da Fenseg, Neival Freitas, também recebeu a Lei do Desmanche com bons olhos. Para ele, os benefícios vão além do impacto no seguro de auto e afirma que a medida também deve impactar positivamente as seguradoras dos ramos de Pessoas e de Saúde Complementar.
“A Lei terá reflexos difusos positivos em outros indicadores de segurança pública, como o de número de latrocínios, ou de saúde, tendo em vista a perspectiva de recuo no atendimento médico prestado às vítimas de roubo quando seguido de violência”, fInaliza Freitas.
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