6 idiotices financeiras que você pode estar cometendo sem perceber

Se você evita fazer um planejamento em planilhas, aplicativos ou o faz somente em sua cabeça, você é uma dessas pessoas

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Quando se fala de erros financeiros, os primeiros que vêm à cabeça são comprar coisas sem ter como pagá-las ou não ter uma quantia reservada para emergências. Mas, além desses, existem muitos outros que não são tão óbvios e que podem ser tão prejudiciais quanto.

“Alguns erros não são intuitivos, mas não é por isso que se tornam menos relevantes. Elas são menos óbvias porque as pessoas sempre associam todos esses erros a consumo e compras grandes”, explicou o consultor financeiro André Massaro.

Confira alguns desses erros que você pode cometer sem nem perceber:

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1. “Contabilidade mental”
Segundo André, fazer as contas sobre suas finanças apenas mentalmente é um erro. “No mundo das finanças, isso é quando a pessoa separa o dinheiro mentalmente, como se fosse em gavetas, e atribui a cada quantia um destino. Quando a pessoa faz isso, ela cai numa das maiores armadilhas, que é simultaneamente ter dinheiro investido e, de outro lado, dívidas que poderiam ser eliminadas com a primeira quantia”, explicou.

Por exemplo, estar no cheque especial de uma conta corrente e ter, ao mesmo tempo, dinheiro investido em uma poupança rendendo a uma taxa baixíssima. Na realidade, ela teria dinheiro para quitar a dívida. “É uma falsa sensação de conforto. São muitos os raros os casos em que isso dá certo”, finalizou.

2. Jogar na loteria
Embora apostar em jogos de sorte – ou azar – seja um costume em todo o mundo, André explica que, matematicamente, é comprovado que as chances de ganhar são ínfimas e acabam não compensando o investimento. “É algo que tem expectativa matemática negativa. As pessoas só perdem dinheiro, em qualquer tipo de jogo”. Entretanto, uma exceção para Massaro é o pôquer, já que envolve e pede uma técnica que pode levar ao ganho.

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3. Comprar carro zero em prestações
O único caso em que vale a pena comprar em prestações são produtos que não depreciam. Carro zero, por exemplo, a partir do momento em que ele sai da loja, já perde valor. E, conforme o uso, perde mais valor ainda.

“Bens depreciativos são aqueles que não vão ganhar valor, apenas perder. Quando é de uso pessoal, não traz riqueza, mas acontece se for usado com o intuito de venda”, explicou André. “A prestação, por causa dos juros, custos financeiros, acabam se tornando um custo maior do que o pago pelo carro, para no final ele valer menos do que quando foi comprado. No caso de carros, comprar à vista é o mais indicado”, finalizou.

4. Não investir em fundo de pensão
“Quem tem acesos a um fundo de pensão tem que aproveitar ao máximo. Por não entender como ele funciona, muitas pessoas trabalham em empresas que oferecem esse benefício e não aproveitam-no”, explica André.

O fundo de pensão é um investimento que acaba valendo a pena, principalmente por conta da regra de um para um – o investimento feito pelo funcionário é feito pelo empregador; assim, a lucratividade já alcança os 100%.

5. Negligências gastos com saúde
No Brasil, a saúde pública tem um atendimento de qualidade oscilante e, por isso, se a pessoa não tiver um plano de saúde, pode acabar tendo que fazer um atendimento particular – que acaba tendo um custo maior do que o plano.

“O problema é que os gastos particulares com saúde podem sair de controle. UTI, por exemplo, pode custar uma centena de milhar, senão mais. Se não houver preparo para isso, uma quantia reservada, não há como pagar”, disse. “É importante que a pessoa tenha alguma proteção em relação a isso”.

6. Não discutir finanças antes do casamento
“Um assunto que pode levar um casamento a problemas é finanças, e essa é a causa de boa parte dos divórcios”, conta André. O conselho é que, antes do relacionamento tomar mais um passo, as finanças sejam discutidas, principalmente para alinhar os objetivos do casal.