Impostos: 17% dos empresários não consideram os regimes locais ao investir

Segundo especialista, empresas devem se preocupar com as questões relativas a impostos para reduzir os custos fiscais

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Um estudo realizado pela Grant Thornton International aponta que 17% dos proprietários de empresas de capital fechado (Privately Held Businesses, ou PHBs, em inglês) de todo o mundo não consideram os regimes de impostos locais quando investem em outros países.

Para o líder global de Tributos da Grant Thornton International, Ian Evans, as empresas devem se preocupar com as questões relativas a impostos antes de tomar decisões de investimentos, com a finalidade de reduzir os custos fiscais.

“As PHBs são preparadas para assumir riscos econômicos ao montar um novo empreendimento, mas nem sempre consideram os riscos fiscais, que podem ser reduzidos com planejamento adequado”, explica Evans.

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Países mais desatentos
A pesquisa afirma também que as empresas do norte da Europa estão entre as menos atentas aos tributos, com mais de 30% das PHBs na Polônia, França, Dinamarca, Finlândia e Bélgica declarando que não consideraram o regime fiscal do país de destino na sua decisão de montar uma base operacional.

Já nos países da Europa, América Latina e Ásia-Pacífico, os tributos são vistos como fator decisivo. Menos de 10% dos entrevistados da Espanha, Grécia, Brasil, Argentina, Taiwan, Japão e China disseram que a tributação não afetaria a decisão de investir.

Brasil
No caso do Brasil, o sócio da Terco Grant Thornton, representante brasileira da Grant Thornton International, Sergio Kubiak, afirma que o País tem um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, o que influencia na perda de investimentos.

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“Os estrangeiros não conseguem entender, por exemplo, a complexidade de se administrar tantos impostos e obrigações acessórias”, acrescenta Kubiak.