Governo entra em acordo com caminhoneiros e greve é suspensa por 15 dias

"As entidades reconhecem o empenho do governo federal em buscar soluções para atender às demandas das categorias representadas pelas entidades", aponta o texto do acordo

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Depois de uma intensa discussão que durou cerca de sete horas, governo e associações que representam caminhoneiros finalmente chegaram a um acordo na noite desta quinta-feira (24) e a greve da categoria ficará suspensa por 15 dias.

“As entidades reconhecem o empenho do governo federal em buscar soluções para atender às demandas das categorias representadas pelas entidades, bem como se comprometem a apresentar aos manifestantes o presente termo para a suspensão do movimento paredista por 15 dias, quando será realizada nova reunião com o governo federal para acompanhamento dos compromissos estabelecidos nesse termo”, diz o texto do acordo.

O acordo prevê o prazo de 30 dias para reajuste dos combustíveis e a manutenção do desconto de 10% no preço do diesel por 30 dias, ao invés dos 15 dias estipulados ontem pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente. A União pagará compensação financeira à Petrobras para garantir autonomia estatal, ou seja, nos primeiros 15 dias a Petrobras “bancará” o reajuste, estimado em R$ 350 milhões, e nos outros 15 dias quem pagará a conta será o governo.

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Nestes moldes propostos, a Petrobras vai seguir com sua política de preços, mas não irá ajustar no dia a dia como desde outubro de 2016, mas sim assegurar periodicidade mínima de 30 dias para eventuais reajustes do combustível nas refinarias. No caso atual, o valor do diesel ficará fixo em R$ 2,10 nas refinarias pelo período de 30 dias.

De acordo com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, das 9 entidades em greve, a única que não assinou foi a União Nacional dos Caminhoneiros. O ministro aproveitou para fazer um apelo aos caminhoneiros para retornarem as atividades: “nós precisamos que todos vocês, caminhoneiros, retomem a atividade. O Brasil precisa de vocês”, afirmou.

Pela proposta, o governo federal assume os seguintes compromissos: