Luciano Huck abre possibilidade de candidatura no futuro e anuncia lançamento do “Tinder da eleição”

Em evento realizado em São Paulo, apresentador falou sobre renovação política, candidatura e combate às desigualdades

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Cotado como um dos possíveis candidatos à presidência até o início do ano, o apresentador Luciano Huck não descarta a possibilidade de participar diretamente de uma disputa eleitoral no futuro. “Eu tenho tempo. Se quiser pensar nisso na minha vida lá pra frente, sem dúvida, eu vou estar mais preparado”, afirmou. Para este ano, ele afirmou que irá ajudar no financiamento de campanha de candidatos de movimentos pela renovação política a cargos no Legislativo. O apresentador de televisão esteve, nesta sexta-feira (11), no 1º Encontro de Lideranças Nacionais, promovido pelo Instituto Justiça e Cidadania, no hotel Palácio Tangará, em São Paulo.

Questionado sobre a decisão de não concorrer a esta eleição, Huck disse que não “recuou” porque “em momento algum” pensou em ser candidato. “Eu considerei quando vi a situação. Acho que, se tivesse montado uma candidatura, poderia ser competitivo”, afirmou. Entre os motivos que dificultaram uma decisão nesse sentido, o apresentador listou dois pontos centrais: 1) exigências por uma decisão muito cedo, que sequer possibilitariam a construção de uma candidatura; 2) mudança radical de vida com o ingresso na política.

“Candidatura é uma cadência de fatos que vêm acontecendo e você vai surfando. Não é um projeto solitário, isso demanda uma construção. Não me deram tempo para essa construção, tive que tomar uma decisão muito antes da hora”, disse Huck. Vida profissional e pessoal teriam pesado na decisão do apresentador.

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Mesmo fora da corrida presidencial, Huck diz que participará das eleições de outubro ajudando a dar exposição aos candidatos de movimentos cívicos como o RenovaBr e o Agora!. Crítico à pulverização de doações empresariais em partidos antagônicos, ele disse que deverá fazer movimento de doações “mais próximo do PPS”, um dos partidos que acredita que mais representará a renovação nestas eleições, juntamente com a Rede Sustentabilidade e o Novo. A despeito dos esforços, ele reconhece: “A renovação política não acontece nessa eleição, ela precisa de 2 ou 3 ciclos”.

“Nosso grande desafio é romper o sistema. O sistema é todo construído para que não seja renovado”, declarou Huck, que se comprometeu a “participar cada vez mais” deste processo de renovação de política. “Eu não caibo mais na caixinha em que estava”, disse. Em suas falas, o apresentador destacou diversas vezes para o problema das desigualdades presentes na sociedade brasileira e que a resolução destas questões passaria pela política, que, em sua avaliação, hoje encontra-se em estado de “terra arrasada”. “O Estado foi apropriado pelos interesses de alguns, não pelos interesses do povo”.

Durante o evento, Huck disse que cerca de 20 movimentos cívicos estão se preparando para lançar uma plataforma digital de auxílio aos eleitores na escolha de seus candidatos. Pela ferramenta, o usuário responderá a algumas perguntas sobre posições políticas e, ao final, serão apresentados candidatos de partidos pequenos, que se apresentem como “novo”, que mais correspondam à sua forma de pensar.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.