Partidos se unem e elaboram plano para suprir possível ausência de Lula nas eleições

"É a centro-esquerda que tem chances reais", afirmou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Com Luiz Inácio Lula da Silva possivelmente fora das eleições deste ano após a condenação pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) no caso do tríplex do Guarujá (SP), sendo enquadrado na Lei da Ficha Limpa, os partidos de esquerda se mobilizam para encontrar uma alternativa para suprir a possível ausência do ex-presidente.

Na última segunda-feira (23), em encontro que reuniu Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), além dos economistas Delfim Netto e Luiz Carlos Bresser-Pereira, os políticos apontaram que uma chapa conjunta entre as siglas já para o primeiro turno, com o ex-prefeito de São Paulo como vice, seria uma boa alternativa para 2018, conforme aponta reportagem da Folha de S. Paulo. “É a centro-esquerda que tem chances reais”, assim afirmou Haddad.

Sobre a participação de Lula nas eleições como candidato (ou não), Delfim afirmou que a prisão do ex-presidente pode causar tanto barulho eleitoral quanto solto, ao mesmo tempo em que Ciro afirmou que o caso ainda nada está decidido e não descarta uma guinada a favor do petista: “nessas eleições, a tendência é muita coisa ir parar na Justiça”.

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Tema em praticamente todas as rodas de política neste mês, a candidatura do Joaquim Barbosa também foi abordada pelo quarteto, aponta a reportagem do jornal. Delfim lembrou do seu histórico e que isso pode ser um trufo para o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) para ganhar votos: “ele veio de baixo, como Lula, foi intransigente contra a corrupção e é um homem direito”. Porém, ainda existem muitas dúvidas sobre sua posição quanto o assunto é economia: “o problema do Joaquim Barbosa é que não se sabe o que ele pensa sobre economia, qual a sua ideia de Brasil”, ressaltou Bresser, que não deixou de criticar a postura liberal que o ex-ministro está tomando.

Apesar da toda expectativa, pelas informações que os quatro dispunham, existem 3 empecilhos que podem inviabilizar a candidatura de Barbosa para a Presidência: sua família não quer; setor regionais do PSB não o veem com bons olhos em função de alianças locais; e o próprio ex-ministro não sabe se quer ser candidato, revela a reportagem.

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