Publicidade
SÃO PAULO – O pior dos cenários parece ter se desenhado para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (24). Além de sua condenação ter sido confirmada em segunda instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região de Porto Alegre, os três integrantes da 8ª turma do Tribunal votaram pelo aumento da pena em 12 anos e 1 mês.
Com isso, a decisão unânime reduz possibilidades de recurso de Lula. O único recurso disponível são os chamados “embargos de declaração”, que não permitem reverter a condenação. Esse recurso somente admite o esclarecimento de ambiguidades, pontos obscuros, contradições ou omissões no acórdão (documento que oficializa a decisão).
Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear
Continua depois da publicidade
Para o diretor de relações governamentais da Barral M. Jorge, Juliano Griebeler, embora não seja o fim da candidatura de Lula, é altamente improvável que o ex-presidente esteja presente nas eleições, apesar de haver recursos para que isso ocorra.
“O PT deve registrar outro candidato, provavelmente o ex-governador da Bahia Jaques Wagner ou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad”, afirma o analista político. Contudo, aponta, ambos são muito menos competitivos do que o ex-presidente e não atrairiam tantas alianças regionais com outros partidos.
Além disso, afirma, sem Lula, a tendência é que o PT tenha uma grande redução no número de cadeiras no Congresso Nacional. “O PT perdeu uma grande parte de sua capacidade de mobilização popular e as manifestações dificilmente atrairiam um público extremamente grande”, destaca Griebeler.
De qualquer forma, o momento mais delicado será, caso ocorra, o de se cumprir a sentença e prender o ex-presidente.
E na economia, quais são os efeitos? Griebeler aponta que a decisão trará um otimismo temporário, mas não deve ter influência no longo prazo. Afinal, ainda há muitos desafios a serem enfrentados: “o governo ainda precisa aprovar várias propostas no Congresso Nacional para alcançar o déficit previsto para 2018. O principal desafio será a aprovação da Reforma da Previdência”.
Newsletter
Infomorning
Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.