A dor de cabeça do PT em relação a Bolsonaro (e a estratégia para minar o potencial do candidato)

PT identificou que, sem Lula na disputa pelo Planalto, parte dos jovens que o apoia migra para o deputado, diz coluna Painel; estratégia é fazer ponte do partido com os estudantes

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A simpatia dos jovens à candidatura do deputado Jair Bolsonaro à presidência se tornou uma dor de cabeça para o PT, aponta a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Agora, o partido traça estratégias para minar o potencial de Bolsonaro nessa fatia do eleitorado, aponta a coluna. 

Isso porque o PT identificou que, sem Lula na disputa pelo Planalto, parte dos jovens que o apoia migra para o deputado. 

O movimento de migração, para o PT, é prova do descolamento entre a sociedade e a política. Em análises internas, petistas avaliam que entidades como a UNE, que antes faziam a ponte do partido com os estudantes, perderam representatividade com grande parte da juventude. Para tentar reverter esse fenômeno, o partido tenta se reconectar a diretórios estudantis, onde o PSOL passou a ter forte presença.

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O último Datafolha apontou que Bolsonaro alcança sua melhor marca entre os eleitores de 16 a 24 anos, com um patamar de 24%. Já Lula alcança 38%. Em um cenário sem o ex-presidente, o deputado oscila para 27%.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.