Odebrecht depositou propina para Aécio em NY, diz Veja; senador contesta e pede acesso à delação

De acordo com a revista, BJ afirmou que os pagamentos foram uma "contrapartida" ao atendimento de interesses da empreiteira em obras como a da Cidade Administrativa e da usina de Santo Antônio; assessoria classificou informações como falsas e absurdas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A revista Veja do último final de semana trouxe como matéria de capa notícia de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu propina da Odebrecht em uma conta bancária em Nova York operada por sua irmã, a jornalista Andrea Neves. A revista afirma  ter tido acesso ao conteúdo da delação de Benedicto Junior, ex-­pre­sidente da Odebrecht Infraestrutura, delação está já homologada pelo STF ( Supremo Tribunal Federal).

De acordo com a revista, BJ, como é conhecido, afirmou que os pagamentos ao senador mineiro foram uma “contrapartida” ao atendimento de interesses da empreiteira em obras como a da Cidade Administrativa, em Minas, e da usina de Santo Antônio, em Rondônia, onde a Cemig integrou um consórcio.

Em nota, a assessoria do senador  classificou como “falsas e absurdas” as informações: “é lamentável que afirmações graves como as apresentadas venham a público sem a devida apuração de sua veracidade”. “Em nenhuma das obras citadas, usina de Santo Antônio e Cidade Administrativa, houve qualquer tipo de pagamento indevido. O então governador Aécio Neves jamais participou de qualquer negociação das etapas da construção da sede do governo mineiro, nem interferiu na autonomia da Cemig para definição de investimentos da empresa”, afirmou. Segundo a assessoria,  o advogado Alberto Toron, que defende o senador tucano, afirmou que ligou para o advogado de BJ, Alexandre Wünderlich. Ele teria dito que não havia na delação do ex-executivo nenhuma menção a conta nos EUA nem à Andrea Neves.

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Em coletiva no sábado, Aécio afirmou que protocolaria duas petições no STF para pedir acesso à delação de Benedicto Júnior e solicitaria ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, apure o vazamento do conteúdo de colaborações de empresários com a força-tarefa. No último domingo, líderes do PSDB divulgaram uma carta em desagravo a Aécio Neves, criticando o que chamaram de “falsas acusações” e “a prática de vazamentos seletivos e mentirosos que encontram eco em práticas editoriais e jornalísticas pouco responsáveis”. 

Confira o vídeo publicado por Aécio nas redes sociais em que contesta a matéria da Veja:

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.