“Não podemos fazer do Brasil a casa da mãe Joana”, diz Bolsonaro sobre imigração de venezuelanos e haitianos

O deputado federal participou nesta manhã de debate no Fórum de Liberdade e Democracia em São Paulo, que contou com a presença também da senadora Ana Mélia e de Fábio Ostermann, que disputou a prefeitura de Porto Alegre pelo PSL neste ano

Paula Barra

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SÃO PAULO – “O Brasil é a nossa casa. Aqui não pode entrar qualquer um não. Já basta os cubanos legalizados aqui entre aspas, fantasiados de Mais Médicos. Nós não podemos fazer do Brasil a casa da mãe Joana”, disse o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante debate no Fórum de Liberdade e Democracia, que ocorreu neste sábado em São Paulo. 

O comentário de Bolsonaro foi feito após pergunta de Hélio Beltrão, presidente do MisesBrasil, que mediou o painel “O papel do Estado em uma sociedade aberta” durante o Fórum. Beltrão questionava os participantes do painel, composto ainda pela senadora Ana Amélia (PP-RS) e Fábio Ostermann (que disputou a prefeitura de Porto Alegre pelo PSL este ano), se era preciso ou não haver um controle para a imigração no Brasil, citando como exemplos a forte entrada de venezuelanos e haitianos no País. 

Segundo Bolsonaro, é preciso ter controle sobre a entrada de imigrantes no País. “É lógico que devemos ter compaixão por essas pessoas, mas é preciso ter controle, porque junto com eles vem uma minoria que é a escória e o preço pode ser muito alto para nos livrarmos dessa pequena escória no futuro”. 

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O deputado federal citou ainda o problema de imigração na Alemanha. “Ela está em conflito por conta da imigração, não tem mais como colocar gente para dentro. É muito bacana falar que acolhemos, mas vamos fazer um programa então: adote um refugiado na sua casa”, complementou. 

Em uma linha mais branda, Ostermann deu sequência ao debate, comentando que não é preciso ser tão radical sobre o tema. “Aqui é um país de imigrantes. O país foi construído pela força de seus imigrantes. Quando meus antepassados vieram da Alemanha e Itália, eles também eram considerados a escória, o dejeto do povo europeu, que não tinham condições de se manter lá e vieram para cá com a roupa do corpo. Acho que temos que ter uma ponderação sobre isso”, comentou. 

Para ele, essa não é uma discussão tão radical a ponto de impedir a entrada de imigrantes, mas também não é para “liberar geral”. “Mas precisamos corrigir os incentivos perversos do sistema, que possibilitam que pessoas simplesmente vivam aqui as custas dele”, concluiu.

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A senadora Ana Amélia deu continuidade ao pensamento de que o Brasil é um país formado pela miscigenação e que não podemos simplesmente fechar nossas portas. “Os haitianos estão fugindo da miséria e os venezuelanos fugindo do Maduro, da ditadura na Venezuela. Não é possível termos uma atitude hostil, porque a barreira é uma forma de hostilidade, para pessoas que estão de fato precisando. Eu tenho a experiência no Rio Grande do Sul e lá os haitianos fizeram um enorme esforço para se integrarem na comunidade”, comentou.

Segundo ela, o País não pode por conta de um problema social ampliar um conceito que não é nosso, de acolhimento. “Isso violentaria a natureza da convivência que nós no Brasil temos com as outras pessoas”, comentou. “Agora, na região amazônica, temos que ter um cuidado de segurança nacional, mas isso não é um problema sobre haitianos ou venezuelanos”, finalizou. 

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