Bono e outros doadores da Fundação Clinton tinham acesso e pediam favores a Hillary

Republicanos acusam candidata democrata de usar cargo para troca de favores; Hillary nega acusações

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A campanha da candidata democrata Hillary Clinton sofre uma nova ameaça. Uma notícia desta segunda-feira (22) do Washington Post apontou novas trocas de e-mails que ilustram a forma como a rede internacional de amigos e doadores dos Clinton tinha acesso a Hillary e seu círculo interno enquanto ela era secretária de Estado. 

Os republicanos acusam a candidata democrata de usar seu cargo de secretária de Estado no governo de Barack Obama para fazer favores em troca de doações para a Fundação Clinton. Porém, nem sempre os doadores conseguiam o que queriam. 

Entre os exemplos, um executivo de esportes e que foi um dos princiais doadores para a Fundação pediu ajuda para conseguir um visto para um jogador britânico que tinha um passado criminal.  O vocalista do U2 Bono, que participa de eventos da Fundação, também pediu ajuda para a transmissão de shows. 

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Os pedidos eram dirigidos à vice-chefe pessoal de Hillary, Huma Abedin, que mobiliza outros assessores de alto escalão e até a própria secretária sobre como responder. 

Tanto Hillary quanto a Fundação Clinton negam as acusações dos republicanos de uso do cargo de secretária de Estado para troca de favores.

“Como sempre dissemos, Hillary Clinton forneceu ao Departamento de Estado todos os e-mails relacionados a seu trabalho que estavam em sua posse em 2014. Não estamos certos de qual tipo de material adicional foi encontrado, mas se o Departamento de Estado entender que alguns são relacionados a trabalho, obviamente apoiamos a decisão de que esses documentos também sejam divulgados publicamente”, escreveu em nota o porta-voz de campanha, Brian Fallon.

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Ainda na última segunda-feira, o Departamento de Estado norte-americano anunciou que está investigando o conteúdo de cerca de 15 mil e-mails da época em que Hillary Clinton atuava como secretária de Estado. Esses documentos não tinham sido revelados anteriormente. Hillary usou um endereço pessoal enquanto ocupou o cargo, o que é proibido pela legislação local. O conteúdo das mensagens deve se tornar público em outubro, um mês antes das eleições presidenciais. As informações são da Agência Ansa. 

Segundo o presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, “Hillary parece incapaz de dizer a verdade”. 
 
A candidata do Partido Democrata usou um servidor privado para enviar mensagens oficiais, impedindo as autoridades norte-americanas de terem acesso aos registros de suas comunicações profissionais, como é de praxe para quem ocupa cargos públicos. A lei federal dos Estados Unidos estabelece que cartas e e-mails enviados e recebidos por funcionários do governo no exercício de suas funções são considerados documentos oficiais e, por isso, devem ser conservados, arquivados e ficar à disposição do Congresso, de historiadores e da imprensa. A legislação exclui apenas as mensagens que guardam segredos de Estado ou estão ligadas à segurança nacional. Hillary alega que adotou tal postura por “comodidade” e porque achava que era permitido.

Em junho, o FBI decidiu não incriminar a candidata à Casa Branca depois de ter analisado mais de 30 mil mensagens. O diretor da Polícia Federal norte-americana, James Comey, afirmou que não há provas de que a ex-primeira-dama e sua equipe tivessem a intenção de violar a lei, embora tenham sido “extremamente negligentes”.

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(Com Agência Ansa)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.