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SÃO PAULO – Os números estimados variam, mas entre 5 mil e 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), e dez mil segundo alguns veículos de mídia concentraram-se neste sábado (15) em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) onde fecharam todos os sentidos da Avenida Paulista. Eles pediram o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo os organizadores, o número de manifestantes é de 50 mil. A manifestação foi acompanhada por mais de 500 policiais militares.
Em sua maioria, os manifestantes vestiram camisas nas cores verde e amarelo e seguravam bandeiras do Brasil gritando “fora PT”. A maior parte deles fez uma caminhada pela Avenida Paulista em direção a Praça da Sé.
Cinco trios elétricos foram parados em frente ao Masp e dividiram os manifestantes. Em minoria, alguns manifestantes defenderam a ditadura militar e, em outro grupo, pessoas que se manifestaram contra a ditadura e defendiam a democracia. No entanto, esse grupo que reuniu a maioria dos manifestantes, pediu a anulação das eleições.
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O representante da Liga Cristã Mundial, padre Carlos Maria de Aguiar, iniciou o ato, de cima de um dos trios elétricos, pedindo o impeachment de Dilma porque, segundo ele, os brasileiros foram “roubados e vilipendiados”. O padre também declarou ser contra a “ditadura dos gays”. “O movimento LGBT está querendo impor ao Brasil uma demonização do cristianismo, do catolicismo e dos religiosos em geral. Mas nós, queremos que cada pessoa seja respeitada”, disse, depois, em entrevista.
Em cima do trio e vestindo uma camisa da Seleção Brasileira de Futebol o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) defendeu a saída de Dilma da Presidência. “O que nos move aqui é o desgoverno do PT, os diversos escândalos e o investimento do Brasil em Cuba. Essas condutas deixam o povo indignado”, disse. Bolsonaro acrescentou as denúncias de corrupção na Petrobras como outro fato que deixa a sociedade “indignada”.
Em entrevista, o deputado eleito, que compareceu armado na primeira manifestação contra o governo de Dilma, na capital paulista, disse que hoje, não portava sua arma. “Tenho amigos fazendo a minha segurança aqui e decidi não vir armado”.
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Perguntado por que participou da primeira manifestação portando arma de fogo, ele respondeu que é policial. “A conduta normal de um policial é andar armado mesmo fora de serviço”. Sobre a divisão dos manifestantes entre os que apoiavam o impeachment e os que defenderam o golpe militar, o deputado disse que há uma “coisa em comum” que é ser contra o governo de Dilma e do PT. “Mas somos democráticos e há espaço para todos. Se alguém pede a intervenção não há problema, desde que seja contra o governo”, completou.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que foi candidato a vice-presidência na chapa de Aécio Neves, participou da passeata, mas preferiu acompanhar o evento na rua ao invés de subir em um dos carros de som. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou que “há um exagero da imprensa em relação a meia dúzia de gatos pingados que defendem a intervenção militar. É evidente que sou contra e o PSDB também”. Ele também disse ser contra o impeachment de Dilma “neste momento”, o que pode vir a mudar dependendo das investigações da Lava Jato.
Já segundo a Folha de S. Paulo, o músico Lobão teria saído do evento ao ver um carro de som que defendia a intervenção militar, por não concordar com as reinvindacações. Lobão causou polêmica durante a campanha ao dizer que deixaria o País se Dilma fosse reeleita, mas voltou atrás quando ela ganhou as eleições.
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(Com Agência Brasil)
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