Alckmin e Lula em 2018, nomes para 2015 e BC: confira as notícias do radar político

Apesar de Aécio ter saído fortalecido da disputa, Alckmin ganha forças; confira mais notícias no radar político

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após as eleições para a presidência de domingo, com Dilma Rousseff (PT) sendo reeleita, o destaque do mercado fica mais para o noticiário político. As perspectivas para os próximos pleitos e os novos nomes para o ano que vem são destaque. Confira as principais notícias no radar político desta segunda-feira (27):

Geraldo Alckmin tem força para 2018
Aécio Neves (PSDB), apesar de ter sido derrotado na disputa presidencial contra Dilma Rousseff (PT), saiu fortalecido dentro de seu partido, uma vez que foi o tucano mais bem colocado nas eleições nacionais desde 2002. Além disso, demonstrou força ao virar o jogo contra Marina Silva no 1° turno e liderar a maior parte da apuração deste domingo, saindo derrotado com margem apertada.

Porém, isso não deve garantir a ele uma vaga automática para 2018, uma vez que aliados de Geraldo Alckmin tratam o governador de São Paulo como candidato “incontornável”, segundo o colunista Bernardo Mello Franco, da Folha de S. Paulo.

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A ala alckmista destaca o papel decisivo do paulista para o desempenho de Aécio no estado e lembram ainda que os paulistas ampliaram a bancada de deputados federais, elegeram José Serra como senador e conquistaram o melhor desempenho da sigla no País de todos os tempos. Por enquanto, contudo, o PSDB tenta manter a união.

Os novos nomes para 2015
Se antes do segundo turno, já existia diversas especulações no mercado sobre quem entraria num eventual governo Dilma Rousseff (PT) e quem sairia agora, as especulações ganham forças e particular importância. Isso porque ela tem que dar sinalizações sobre como será o seu segundo mandato.

De acordo com a colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, entrou na semana passada na lista de cotados para substituir Guido Mantega no ministério da Fazenda. 

Já de acordo com o jornal Valor Econômico, o ex-presidente do Banco Central durante o governo Lula, Henrique Meirelles, é visto como “necessário” a uma nova gestão. “Mas Lula não vai pedir ‘por favor’ para ajudar. É a presidente quem deve buscá-lo”, afirma a matéria. 

Já segundo fontes ouvidas pela Reuters, Dilma deve manter Alexandre Tombini à frente do Banco Central e deve convidar o empresário Josué Gomes para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“A presidente avalia que ele (Tombini) fez um bom trabalho no BC e o nome para o Desenvolvimento é o de Josué Gomes”, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato, esclarecendo que o convite ao filho do ex-presidente José Alencar para assumir o Desenvolvimento ainda não ocorreu.

No Ministério da Fazenda, Dilma estaria trabalhando neste momento, segundo a fonte, com duas opções para substituir Guido Mantega, cuja saída da pasta já foi anunciada: o atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), e o ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa.

De acordo com a fonte, a escolha do titular da Fazenda passa pela definição do comando da Casa Civil, que poderá acomodar o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), cujo mandato termina este ano. Wagner, um petista ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deverá ter posição de destaque no segundo mandato da presidente.

No desenho com Wagner na Casa Civil, Mercadante passaria a ministro da Fazenda. Se Wagner tiver outro cargo, Mercadante continuaria à frente da Casa Civil e Barbosa assumiria a Fazenda.

Ainda segundo a fonte, o gaúcho Miguel Rossetto é um petista em ascensão e um nome considerado para a secretaria-Geral da Presidência da República no segundo mandato da presidente, em substituição a Gilberto Carvalho (PT).

Lula prepara volta; isolamento de Dilma preocupa
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer concorrer ao Palácio de Planalto em 2018 e, para tanto, avalia que precisa ter uma condição de maior protagonismo no segundo governo de Dilma.

Para Lula, Dilma precisa sair do isolamento e se reaproximar de políticos, dos empresários e dos movimentos sociais; sem isso, o PT pode enfrentar problemas para se manter no poder por mais quatro anos.

Mandato ao Banco Central
De acordo com o jornal Valor Econômico, uma das primeiras providencias do novo governo Dilma será decidir como tratar, legalmente, o descumprimento de todas as metas fiscais deste ano. Além disso, há questões sobre como resgatar a indústria, além da perda de credibilidade que a presidente impôs ao Banco Central, ao comparar uma eventual autonomia do BC para cumprir a meta de inflação à subtração de comida da mesa dos pobres.

Uma proposta já começou a ser considerada é de enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional, cujos parlamentares tomam posse em fevereiro, conferindo mandato à diretoria do BC.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.