Dólar cai e bate os R$ 3,14 com Copom e repatriação; especialista vê como provável moeda abaixo dos R$ 3,10

"O Copom jogou um balde de água fria nos mais ansiosos em ver a Selic mais baixa de forma mais rápida e contribui para esse movimento negativo", comentou o diretor de câmbio da Wagner Investimentos

Paula Barra

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SÃO PAULO – O dólar comercial fechou próximo das mínimas desta quinta-feira (20), em reação à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) e com a expectativa de fluxo de recursos com a Lei da Repatriação, cujo prazo final para adesão ao programa de regularização dos recursos não declarados e mantidos no exterior é 31 de outubro. A moeda encerrou em queda de 0,95%, a R$ 3,1375 na compra e R$ 3,1390 na venda. 

“O Copom jogou um balde de água fria nos mais ansiosos em ver a Selic mais baixa de forma mais rápida e contribui para esse movimento negativo. Além disso, a proximidade do final do prazo para repatriação pode estar alimentando o movimento”, disse José Faria Júnior, diretor de câmbio da Wagner Investimentos. Aliado a isso, ontem, a Receita Federal flexibilizou as regras de entrega de documentos, o que pode ajudar a elevar a entrada de dólares nos próximos dias, complementou. “Esse é um vetor importante para a queda da moeda”.

Segundo Faria Júnior, o dólar começa a caminhar em direção ao patamar dos R$ 3,10, que se rompido pode levá-lo até os R$ 3,00. Ele pondera, contudo, que a moeda está perto de um piso importante, que segurou bem nas últimas semanas, e que vale a compra nesse momento para quem precisa se proteger ou para quem pensa em fazer preço médio. “Mão não é impossível pensar o dólar um pouco mais para baixo dos R$ 3,10”, disse.