Bitcoin dispara 15% em três horas após cair para menos de US$ 8 mil com rumor sobre Twitter

Boatos de que o Twitter irá seguir Facebook e Google para banir anúncios de criptomoedas derrubou os preços

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O fim de semana foi bastante agitado no mundo das criptomoedas. Durante os últimos dias, o bitcoin seguiu sua derrocada e no domingo (18) chegou a marcar sua mínima em mais de um mês, a US$ 7.335 com rumores de que o Twitter poderia seguir o Facebook e o Google e banir anúncios de moedas digitais em sua rede social. Porém, a recuperação ocorreu rapidamente, com uma surpreendente disparada em apenas 3 horas durante a última noite.

No fim da manhã desta segunda-feira (19), o bitcoin operava com ganhos de 14,87%, voltando para o patamar de US$ 8.675. No Brasil, a alta é um pouco menor, de 12,70%, com a criptomoeda cotada a R$ 28.400. Especialistas e traders ainda não viram um motivo para esta recuperação dos preços, mas tudo pode estar ligado a um pânico exagerado sobre a notícia da proibição pelo Twitter.

Segundo a Sky News, a rede social está preparando o banimento de publicidade ligada a criptomoedas e ICOs (Ofertas Iniciais de Moedas, na sigla em inglês), algo que pode ser anunciado oficialmente dentro das duas próximas semanas. Até o momento o Twitter se negou a comentar o assunto.

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Esta mudança mostra a tendência entre os grandes meios da internet de ir contra o mercado de moedas digitais, movimento que teve início com o Facebook e, mais recentemente, com o Google. A ideia é tentar coibir a divulgação de pirâmides e esquemas ilegais, mas isso tem criado um problema muito maior, já que, em vez de criar um critério e ampliar a segurança, estas empresas estão simplesmente banindo todo mundo.

Apesar de não ser algo que pode acabar com as criptomoedas, a proibição de anúncios pesa bastante no mercado porque reduz uma parte vital da definição dos preços: a demanda. A entrada de novos investidores no mercado tem grande influência na alta das cotações do bitcoin e outros ativos, mas ao reduzir a exposição das moedas na mídia, a tendência é que menos pessoas invistam, pressionando os preços.

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O cenário do bitcoin é “replicado” por praticamente todas as criptomoedas, que também caíram forte nos últimos dias e nesta segunda disparam, em alguns casos, mais de 30%. Entre os principais criptoativos, o Ethereum salta 15%, enquanto o Cardano dispara 35%. Das 100 maiores moedas digitais do mundo, apenas o tether, que tem paridade com o dólar, recua.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.