Bitcoin: as duas “bombas” que fizeram a criptomoeda afundar 10% em uma hora

Todas as 100 maiores criptomoedas do mundo em valor de mercado tinha queda nesta tarde

Rodrigo Tolotti

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O dia que já era negativo tomou proporções caóticas nesta quarta-feira (7) com preço do Bitcoin caindo mais de US$ 1 mil em apenas uma hora puxado após duas “bombas” levantarem novas preocupações no mercado. Primeiro o rumor de que uma das maiores exchanges do mundo, a Binance, teria sido hackeada, e depois um novo comunicado da SEC pedindo pela regulação das corretoras de ativos digitais.

Por volta das 14h45 (horário de Brasília), o Bitcoin registrava perdas de 9,82%, cotado a US$ 9.800, com uma queda de 10% ante os US$ 10.700 que operava uma hora antes. Enquanto isso, em reais, a queda era de 8,3%, para R$ 33.000.

O desempenho foi acompanhado por outras criptomoedas, como Ethereum, Ripple e Litecoin, com todas passando a afundar mais de 10% em questão de minutos. Todas as 100 maiores moedas digitais do mundo apresentavam queda no mesmo horário.

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Durante a manhã o mercado já estava tenso com o rumor de que a Binance, uma das maiores exchanges do mundo com US$ 1,77 bilhão em criptomoedas, pode ter sofrido um ataque hacker. Usuários estão reclamando na internet que suas altcoins estão sendo vendidas, ficando apenas bitcoins nas carteiras, levantando a questão se é um erro da corretora ou um ataque.

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“Estamos investigando relatórios de alguns usuários que estão tendo problemas com seus fundos. Nossa equipe está ciente e está investigando a questão enquanto falamos”, disse a empresa em comunicado. “Neste momento, as únicas vítimas confirmadas registraram chaves API (para usar com bots comerciais ou de outra forma). Não há evidências de que a plataforma Binance esteja comprometida”, completou a Binance.

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Porém, o que pesou nesta tarde foi um comunicado da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, reiterando que muitas exchanges devem ser registradas. A notícia aumenta a procupação do mercado de que pode ocorrer uma limitação nos negócios com criptomoedas.

“Se uma plataforma oferece a negociação de ativos digitais que são valores mobiliários e opera como uma “exchange”, conforme definido pelas leis federais de valores mobiliários, esta plataforma deve se registrar na SEC como uma bolsa de valores nacional ou estar isenta de registro”, disse o órgão rgulador no comunicado.

Algumas das maiores plataformas de negociação de criptomoedas, como a Coinbase, não estão registradas como uma exchange nacional na SEC e, em vez disso, possuem apenas licenças de transmissão de dinheiro em diferentes estados.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.