Bitcoin cai 12% e perde os US$ 15 mil com preocupações na China e Coreia do Sul

Além do Bitcoin, praticamente todas as maiores criptomoedas do mercado registram queda acentuada nesta segunda-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A recuperação do Bitcoin acima de US$ 17 mil durou pouco e nesta segunda-feira (8) a maior criptomoeda do mundo volta a cair forte, retornando para patamares abaixo de US$ 15 mil. Investidores ficam de olho no cenário na Ásia, principalmente na China e na Coreia do Sul, mas também avaliam o momento negativo para a maioria das moedas digitais existentes. Das 20 maior criptomoedas que existem, apenas uma, a ICON, tinha alta nesta tarde.

Nesta tarde, o Bitcoin registrava queda de 12% no acumulado de 24 horas e operava em torno de US$ 14.750, enquanto no Brasil as perdas eram de 9%, cotado a R$ 51.000. Vale destacar também a forte queda do Ripple, que perdeu o posto de segunda maior moeda digital do mundo para o Ethereum pela primeira vez em 2018 após cair quase 30% em um dia.

Uma das explicações para o meu humor dos investidores pode vira da China, onde, na semana passada, foi divulgado pela Caixin global que os reguladores locais poderão parar de oferecer às empresas de mineração descontos no consumo de eletricidade e em impostos.

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Enquanto isso, um rumor aponta que a maior reguladora de finanças da internet chinesa está pedindo que governos locais “encerrem de forma ordenada” as operações de mineração de bitcoins. Atualmente, a China representa cerca de dois terços do poder de processamento e mineração de bitcoin, sendo que um impacto negativo na região tende a ter maior impacto no mercado.

Outro ponto importante é a notícia de que autoridades sul-coreanas estão fazendo inspeções em contas bancárias relacionadas às exchanges de criptomoedas para reprimir a lavagem de dinheiro e a negociação especulativa. Segundo o jornal local Yonhap, a Unidade de Inteligência Financeira da Coreia do Sul e o Serviço de Supervisão Financeira estão verificando as contas bancárias em seis grandes bancos do país.

Nas últimas semanas, enquanto o Bitcoin operava praticamente estável após a queda do fim de ano, algumas altcoins subiam forte, com investidores procurando alternativas à principal criptomoeda. Porém, após as fortes altas recentes, o cenário visto neste início de semana é de correção para praticamente todas as moedas digitais.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.