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A queda no preço do milho nesta temporada tem motivado discussões de como garantir a rentabilidade dos produtores. Uma das alternativas apresentadas nesta segunda-feira (07), durante um evento realizado em São Paulo, capital, é incentivar a criação de usinas de etanol exclusivamente de milho. O modelo, adotado nos Estados Unidos, vem garantindo preços diferenciados aos produtores norte-americanos.
No Brasil, a primeira usina exclusivamente de milho foi inaugurada em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. A planta que recebeu investimento de R$ 450 milhões, vai produzir 240 milhões de litros de etanol de milho e consumir mais de 600 mil toneladas do grão por ano. O investimento é da FS Bioenergia, que estaria planejando a implantação de mais duas usinas do tipo, sendo uma delas em Sinop (MT), segundo produtores da região.
Mas por enquanto a solução imediata para o excedente de milho no Brasil pode estar nas lavouras norte-americanas. O clima seco em importantes áreas produtoras tem elevado os preços do grão na Bolsa de Chicago e aumentado o interesse pelo produto brasileiro. Segundo o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a parcela das lavouras de milho considerada boa ou excelente caiu para 60%. Diferente do ano passado, quando nesta mesma época 74% das lavouras eram consideradas boas ou excelentes.
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No Brasil, estima-se que pelo menos 70% da área cultivada com o milho safrinha já foi colhida e a entrada desta produção continua pesando nos preços praticados no mercado interno. Na quinta-feira (03), a saca fechou em R$ 25,20, o menor patamar do ano no indicador Esalq BM&F Bovespa. Nesta segunda-feira (07), os preços reagiram com as notícias sobre ao clima nos Estados Unidos e a saca foi negociada por R$ 26,00, em São Paulo.
