Supersafra de soja atrapalha armazenagem do milho e produto é visto a céu aberto

Capacidade de armazenamento de 150 milhões de toneladas de grãos fica bem abaixo da expectativa de produção de 234 milhões de toneladas

Datagro

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A colheita do milho avança nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. No Paraná e em São Paulo a colheita está atrasada em comparação aos trabalhos do ano passado e, mesmo assim, o setor já dá sinais de problemas de armazenagem. Em alguns municípios mato-grossenses já é possível ver o grão a céu aberto.

O cenário típico em anos de supersafra está ligado a morosidade do mercado de escoamento da safra de soja 2016/17, que ainda se encontra estocada nos armazéns. Segundo o IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), a oferta de soja nesta safra está superior à demanda em quase um milhão de toneladas, por isso são previstos estoques elevados do grão no fim de 2017.

Além da soja ocupar o espaço do milho nesta época do ano, o Brasil ainda vive um déficit muito grande de armazenagem. Para se ter ideia, dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) mostram que a produção brasileira de grãos deve chegar a 234,3 milhões de toneladas na safra 2016/17, mas o País possui capacidade para armazenar um pouco mais de 150 milhões de toneladas. Um déficit de mais de 70 milhões de toneladas que ficam a céu aberto ou que necessitam ser escoados imediatamente esbarrando também na deficiência logística do País.

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O cenário de milho a céu aberto é um dos fatores que vêm pressionado a cotação do grão. Nesta terça-feira (18), o valor à vista fechou em R$ 26,38 a saca de 60 quilos, segundo o indicador Cepea/Esalq. Porém poucos negócios foram efetuados, já que o mercado espera novas quedas de preço com o avanço da colheita.