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Que os veículos elétricos são o futuro do mercado automobilístico parece não haver dúvida, mas essa tecnologia ainda não é comercialmente viável para ser adotada amplamente. Isso acontece principalmente por conta de questões referentes à origem da energia elétrica para abastecer esses veículos e a infraestrutura necessária para suportar essa nova modalidade. Mas esse cenário caminha para uma importante mudança nos próximos anos, com muitos especialistas apostando no avanço dos carros elétricos abastecidos a etanol.
A montadora japonesa Nissan desenvolveu o primeiro veículo no mundo em que se produz hidrogênio por meio do etanol, abastecendo a bateria de carros elétricos. “A combinação de etanol com essa tecnologia automotiva é a resposta definitiva, que mata, no mínimo, as preocupações ligadas a combustível, mobilidade e meio-ambiente”, afirmou Plinio Nastari, presidente da DATAGRO, durante a abertura da 16ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol.
Atualmente há apenas dois modelos desse veículo no mundo, e um deles está em exposição no evento que acontece em São Paulo nesta segunda-feira. Conhecido como e-Bio Fuel Cell, o veículo percorre mais de 20 km por litro. Como a capacidade é de 30 litros, o automóvel tem autonomia de 600 km com apenas um galão.
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Por ser um veículo elétrico, também conta com o benefício de uma poluição sonora significativamente reduzida.
De acordo com o presidente da DATAGRO, esse é um importante avanço no setor, principalmente no Brasil, onde o problema de infraestrutura para os veículos elétricos pode ser solucionado com o desenvolvimento dessa tecnologia, uma vez que o país conta com uma rede com mais de 35 mil postos distribuindo etanol.
Tendência mundial
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Esse é o primeiro modelo desse tipo no mundo, mas a tendência é que outras montadoras busquem tecnologias semelhantes. Nesse mês, o Conselho Federal da Alemanha aprovou uma resolução para banir a produção de carros movidos a gasolina até 2030. Essa decisão não possui efeito legislativo, mas abre caminho para uma medida definitiva nesse e em outros governos.
“A Alemanha tem uma certa liderança na questão ambiental, então provavelmente se sancionado na Alemanha pode ser que isso venha a ser sancionado em outros países”, explica Henry Joseph Jr., vice-presidente da Anfavea, durante a 16ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol.