Exercício de opções movimenta mais de R$ 5,5 bilhões na B3; Petrobras lidera contratos de venda

Do total, somente R$ 665,9 milhões representaram opções de compra, enquanto os outros R$ 4,864 bilhões foram opções de venda

Fredy Alexandrakis

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SÃO PAULO – O exercício de opções sobre ações movimentou, nesta segunda-feira (18), mais de R$ 5,53 bilhões na B3. Do total, somente R$ 665,9 milhões representaram opções de compra, enquanto os outros R$ 4,864 bilhões foram opções de venda.

A Petrobras consta em quatro dos cinco contratos mais movimentados, sendo todos estes em opção de venda, representando um total de R$ 892,8 milhões. A call de PETR4 com preço de exercício a R$ 19,96 foi a mais negociada, tendo movimentado R$ 360 milhões.

Vale destacar a predominância dos contratos de venda neste vencimento, refletindo a queda registrada nas maiores ações da carteira teórica do Ibovespa nos últimos 30 dias, liderada pelos papéis PETR4 e PETR3. Em movimento contrário, o contrato de opção de compra de Vale (VALE3) a R$ 32,14 teve o terceiro maior volume deste vencimento, com R$ 193,1 milhões.

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O que é uma opção?

A opção é um derivativo negociado na Bolsa de Valores. E como qualquer derivativo, seu preço “deriva” da oscilação do ativo ao qual ela se lastreia – no caso de uma opção de ação, o contrato varia de acordo com as oscilações desta ação na Bovespa. Quem compra uma opção está adquirindo o “direito” de comprar ou vender alguma ação; já quem vende a opção tem a obrigação de atender a exigência daquele que comprou o contrato. 

Existem dois tipos de opções: de compra (call) e de venda (put). Quando um investidor compra uma “call”, ele está adquirindo o direito de comprar uma determinada ação a um preço já estabelecido (que é preço de exercício, ou “strike”) até um dia de vencimento já firmado. Para o investidor que compra uma “put”, ele está adquirindo o direito de vender uma ação até um dia determinado a um valor já estabelecido.

Vencimento eleva volatilidade

A forte oscilação verificada em dias de vencimento de derivativos reflete a disputa entre “comprados” e “vendidos”. De modo geral, os “comprados” apostam na alta das ações, enquanto os “vendidos” visam o fraco desempenho dos papéis.

Neste cenário, os “comprados” tendem a adquirir grandes quantidades de ações, na tentativa de elevar seu preço, enquanto os “vendidos” promovem a venda dos papéis, com o intuito de derrubar as cotações.

Vale lembrar que esse movimento ganha força na medida em que as ações mais negociadas nos contratos de opções costumam carregar participação significativa no Ibovespa.