Noticiário agitado de Petrobras, Ibovespa terá 3 novidades, Renner lucra 66% mais e outros 4 balanços no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta sexta-feira (4) 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é movimentado, com destaque para uma bateria de notícias sobre a Petrobras, com destaque para a negativa da empresa de que contratou bancos bancos para oferta de ações da Braskem. Resultado da Lojas Renner, CPFL de olho nas distribuidoras da Eletrobras e outros destaques movimentarão o mercado. 

Petrobras (PETR4)

A Petrobras se posicionou sobre notícia do Estadão de que a estatal teria contratado bancos para oferta de ações da Braskem, afirmando que não são verdadeiras tais informações.

“A Petrobras reafirma as informações constantes no comunicado ao mercado divulgado em 19 de janeiro de 2018, no sentido de que as tratativas com a Odebrecht para a revisão dos termos e condições do acordo de acionistas da Braskem, em vigor, evoluíram para estudos com objetivo de realizar uma reorganização societária com a unificação das espécies de ações da Braskem”, destacou a companhia.

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A empresa ainda informou que, até a presente data, não houve deliberação de seus órgãos societários competentes autorizando a celebração de qualquer operação que envolva a alienação das ações detidas pela Petrobras na Braskem, “assim como autorização para contratação de sindicato de bancos”.

Outro comunicado da Petrobras destaca o resgate antecipado de títulos com vencimento em 2020 que soma US$ 1,4 bilhão. A companhia ainda informou que alterou o preço da gasolina nas refinarias de R$ 1,8095 o litro para R$ 1,8177 o litro e do diesel de R$ 2,1051 o litro para R$ 2,1015 o litro, segundo informações no website da empresa. Os preços antes de impostos são válidos a partir de 5 de maio.

A Petrobras ainda iniciou fase vinculante venda da refinaria de Pasadena. Os interessados habilitados na fase anterior receberão cartas-convite com instruções detalhadas sobre o processo de desinvestimento, incluindo orientações para a realização de due diligence e para envio de propostas vinculantes, segundo comunicado.

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Por fim, em uma reviravolta da disputa, a empresa francesa Engie SA fez a maior oferta pela unidade Transportadora Associada de Gás da Petrobras no Nordeste, segundo informou a Bloomberg citando duas pessoas com conhecimento direto do assunto.

A Petrobras está renegociando os termos do contrato com a Engie, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. Quando os novos termos forem definidos, a Petrobras irá falar com os outros dois grupos interessados para tentar uma segunda rodada de ofertas. O fundo Mubadala Development em consórcio com o EIG Global Energy e o Macquarie Group da Austrália apresentaram duas ofertas separadas para a Petrobras em 19 de abril, disseram as pessoas na época.

Nenhum detalhe sobre o montante envolvido nas propostas foi informado, mas espera-se que elas alcancem até US$ 8 bilhões incluindo dívidas, disseram pessoas familiarizadas com o processo no mês passado.

A Petrobras deve tomar uma decisão em um mês, já que precisa de mais informações, disseram as pessoas. A TAG tem uma rede de 4,5 mil quilômetros que percorre 10 Estados brasileiros. Este pode se tornar o maior desinvestimento da Petrobras em sua história. Engie e Macquarie não quiseram comentar; Petrobras, Mubadala e EIG não responderam a pedidos de comentários até o momento.

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Prévia do Ibovespa
A B3 divulgou a terceira e última prévia do Índice Bovespa que vai vigorar de 07 de maio de 2018 a 31 de agosto de 2018, com base no fechamento do pregão de 03 de maio de 2018. A prévia do Ibovespa registra a entrada de BTOW3 (B2W DIGITAL), CVCB3 (CVC ON) e GOLL4 (GOL PN), totalizando 67 ativos de 64 empresas. Marfrig (MRFG3), que não estava na segunda prévia, foi mantida. 

Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Vale ON (11,228%), Itaú PN (10,440%), Bradesco PN (7,734), AMBEV S/A ON (7,056%) e Petrobras PN (6,733%).

 

Lojas Renner (LREN3)

A varejista de moda Lojas Renner reportou lucro líquido de R$ 111,4 milhões no primeiro trimestre de 2018, resultado 66% maior que o do mesmo período do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia atingiu R$ 243,9 milhões entre janeiro e março, elevação de 33% na comparação com os mesmos meses de 2017.

A companhia divulga ainda um Ebitda ajustado, que foi de R$ 249,5 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 31%. O ajuste no Ebitda leva em conta o plano de opção de compra de ações, participações estatutárias e resultado da baixa de ativos fixos.

A receita líquida da Lojas Renner nos três meses iniciais de 2018 foi de R$ 1,628 bilhão, expansão de 15% na comparação anual.

Já a receita da venda de mercadorias, que considera o varejo, mas não leva em conta os produtos financeiros, atingiu R$ 1,398 bilhão no primeiro trimestre. O resultado foi 13,3% maior do que o do mesmo intervalo do ano anterior.

IRB Brasil (IRBR3)

O IRB reportou lucro líquido acima das estimativas, que atingiu R$ 254 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 14% na comparação anual e comparável à média de R$ 233 milhões do consenso.

Conforme destaca a XP Investimentos, algumas das principais contribuições para o resultado foram i) o crescimento de cerca 15% no resultado de subscrição, ii) diluição de quase 2 pontos percentuais nas despesas administrativas (em relação aos prêmios ganhos) e iii) queda menor que a esperada no resultado financeiro, apesar da queda de cerca de 48% na Selic no período.

A empresa reiterou o guidance para o ano (publicado em fevereiro) e reforçou que a priorização de segmentos com maior rentabilidade e menor risco, em conjunto com outras medidas, contribuíram para a redução no índice de sinistralidade. 

Aliansce (ALSC3)

A Aliansce reportou crescimento de 13,3% em sua receita líquida, com melhora na execução de suas operações e adequada composição dos estoques, além do aumento no fluxo de clientes nas lojas.

O Ebitda subiu 31%, com margem Ebitda atingindo 17,8% ante os 15,4% do mesmo período do ano passado, como resultado da melhora na margem de varejo, assim como do aumento no resultado de produtos financeiros no trimestre em análise.

O lucro líquido foi de R$ 19 milhões, com elevação na margem líquida, dado a melhora no Ebitda ajustado total, aliado as menores despesas financeiras, bem como da redução nas despesas com depreciação no período, conforme destacou a Coinvalores. 

ABC Brasil (ABCB4)

O lucro líquido recorrente do ABC Brasil atingiu R$ 108,5 milhões no primeiro trimestre de 2018, redução de 1,9% em relação ao trimestre anterior e de 2,4% em relação ao mesmo período de 2017.

O Retorno Anualizado Sobre o Patrimônio Líquido (ROAE) recorrente foi de 13,0% ao ano no primeiro trimestre de 2018, redução de 0,6 p.p. em relação ao trimestre anterior e de 2,1 p.p. comparado com o primeiro trimestre de 2017. 

A margem financeira do banco teve leve queda, especialmente pelo resultado da tesouraria, que caiu de R$ 73,5 milhões no quarto trimestre de 2017 para R$ 50,5 milhões. As receitas de serviços também se retraíram. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela retração nas despesas com PDD e pelo bom controle de custos do ABC.

“Não vimos grandes surpresas no resultado do banco, a retração da margem financeira é um ponto de atenção já que a expectativa é de avanço nesse ano, mas nos anos anteriores já vimos o começo de ano ser mais fraco e o banco conseguir entregar o guidance. Além disso, a diminuição nas despesas com PDD é bem positiva e veio até melhor que o esperado”, destaca a Coinvalores.

SulAmérica (SULA11)

O lucro líquido da SulAmérica foi de R$141,4 milhões, alta de 10,0% na base de comparação anual, enquanto as receitas totais subiram 12%, a R4 4,8 bilhões, com destaque para a carteira de saúde, mais representativa para a companhia e que performou bem entre os períodos.

A Coinvalores destaca ainda que previdência e ramos elementares também trouxeram impacto positivo, apesar da menor participação na receita. O índice de sinistralidade apresentou ligeira melhora, mas nesse ponto o segmento de saúde foi o destaque negativo, com piora no índice.

“O resultado financeiro, como esperado por conta da retração da Selic, apresentou forte queda, o que reduziu o avanço do lucro líquido em relação ao total de receitas, mas ainda assim com boa elevação”, aponta a corretora, que destaca o bom resultado da empresa. 

CPFL (CPFE3) e Eletrobras (ELET6)

A CPFL Energia tem avaliado distribuidoras no Nordeste que a Eletrobras quer vender neste ano, ativos hoje deficitários, mas com potencial de lucro sob uma administração privada e novos investimentos, disse a Reuters citando três pessoas com conhecimento do assunto.

Uma das pessoas disse que a CPFL passou a olhar com maior interesse as distribuidoras que atuam no Piauí e em Alagoas, que inicialmente não estavam na lista de prioridades da companhia. 

A CPFL passou a olhar o leilão depois de ficar de fora da acirrada disputa pela Eletropaulo, que atende região metropolitana de São Paulo, principal centro consumidor do país, segundo a reportagem.

Marcopolo (POMO4)

A Marcopolo foi elevada a ’outperform’ pelo Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 5. 

Usiminas (USIM5)

A agência de classificação de risco Fitch elevou o rating da Usiminas de B para B+ e melhorou a perspectiva para a nota de crédito da empresa brasileira, de estável para positiva.

De acordo com a Fitch, a elevação do rating reflete “aprimoramentos contínuos” no perfil de crédito da siderúrgica, apoiados por geração de fluxo de caixa operacional em ritmo “crescente” devido a “melhores preços e volumes, bem como ganhos de eficiência”.

Já a perspectiva positiva, explica a agência, é suportada pelas expectativas de que o perfil de crédito da Usiminas e a flexibilidade financeira da empresa “sejam ainda mais aprimorados” no médio prazo.

(com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.