Ibovespa Futuro recua acompanhando queda das commodities e digerindo última pesquisa eleitoral

Apesar disso, contratos futuros dos principais índices norte-americanos sobem e "ignoram" tensão na Síria

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Os contratos futuros do Ibovespa com vencimento em maio recuavam 0,30%, aos 83.870 pontos, às 9h16 (horário de Brasília) desta segunda-feira (16), acompanhando a queda das commodities nesta manhã, com destaque para a correção de 2,5% do minério de ferro na China, como com os investidores digerindo a última pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha.

A pesquisa, que foi divulgada neste domingo (15) pela Folha de S. Paulo, mostrou Marina Silva encostada em Jair Bolsonaro, Joaquim Barbosa à frente de Ciro Gomes e Geraldo Alckmin estagnado. O resultado mostrou que a prisão do ex-presidente Lula diminuiu o apoio do eleitorado e elevou a desconfiança da candidatura presidencial. O levantamento apontou o petista com 31% das intenções de voto no cenário mais favorável entre nove pesquisados. No fim de janeiro, Lula tinha até 37% das intenções de voto.

Nos cenários sem Lula, Bolsonaro e Marina Silva ficam empatados na liderança. Ele tem 17% das intenções de voto, e ela oscila entre 15% e 16%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Ciro Gomes (PDT) possui 9% em todos os cenários sem Lula, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), que varia de 7% a 8%. Já o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa – que entrou no PSB, mas ainda não se lançou candidato – oscila entre 9 e 10%. Após o Datafolha, o DataPoder360 registrou pesquisa, com publicação prevista para 19 de abril. 

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No mesmo momento, o dólar futuro com vencimento em maio registrava desvalorização de 0,15%, aos R$ 3,422. Enquanto isso, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2019 e 2021 estavam praticamente estáveis, cotados a 6,22% e 8,00%, respectivamente, refletindo o último relatório Focus, com o mercado mais uma vez reduzindo a expectativa para a inflação este ano, passando de 3,53% para 3,48%, como para o resultado do PIB de 2,80% para 2,76%.

Bolsas mundiais

Em meio à tensão geopolítica com o bombardeio dos EUA, Reino Unido e França à Síria e o anúncio de novas sanções dos americanos à Rússia, as bolsas mundiais oscilam entre leves perdas e ganhos, enquanto os índices futuros têm alta em Wall Street. 

Na noite de sexta-feira (13), os 3 países lançaram uma ofensiva militar na Síria, alegando retaliação a um ataque com armas químicas que teria sido lançado pelo regime de Bashar al-Assad contra a população síria. Mas os analistas ficaram aliviados com o escopo limitado da operação liderada pelos EUA e com o fato de ela não ter levado a uma grande escalada no conflito na Síria, que já está em seu sétimo ano. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou ontem, porém, que ofensivas do tipo “inevitavelmente geram caos nas relações internacionais”. Moscou é um antigo aliado do governo sírio.

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Na China, o dia foi de perdas mais expressivas, com os investidores locais evitando tomar posições antes da divulgação, no fim da noite de hoje, de uma série de indicadores chineses relevantes, incluindo o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre e os últimos números sobre produção industrial e vendas no varejo. O mercado espera ligeira desaceleração da economia chinesa de 6,8% para 6,6% no período.

Às 9h16 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,54%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,56%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,56%

*DAX (Alemanha) -0,05%

*FTSE (Reino Unido) -0,48%

*CAC-40 (França) -0,13%

*FTSE MIB (Itália) +0,11%

*Nikkei (Japão) +0,26% (fechado)

*Shangai (China) -1,53% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -1,60% (fechado)

*Petróleo WTI -1,08%, a US$ 66,71 o barril

*Petróleo brent -1,14%, a US$ 71,75 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -2,56%, a 438,50 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin -2,42%, R$ 27.610 (confira a cotação da moeda em tempo real)

Agenda da semana

Por aqui, a semana começou com o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) na série com com ajuste sazonal registrou avanço de 0,09% na passagem de janeiro de fevereiro de 2018, recuperando-se da queda de 0,65% registrada no primeiro mês do ano, como também ficando acima da expectativa do mercado, que apontava alta de 0,03% na comparação mensal. Em comparação com fevereiro do ano passado, o indicador, que é mais conhecido como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) oficial, apontou crescimento de 0,66%, enquanto os analistas de mercado esperavam por um avanço de 0,80%.

Na sexta-feira (20) às 9h, o IBGE divulga o IPCA-15 referente ao mês de abril, que deve mostrar alta de 0,31% segundo projeção da GO. No acumulado em 12 meses o indicador continuará abaixo do piso da meta de 3,0%, em 2,91%: “apesar da aceleração no mês, o cenário inflacionário segue confortável, permitindo ao Copom realizar novo corte de juros, de 0,25 pp, na reunião dos dias 15 e 16 de maio, levando a Selic para 6,25% ao ano”, aponta a consultoria. 

Sem dias definidos, o Ministério do Trabalho deve divulgar os dados do Caged referente ao mês de março, com expectativa de geração líquida positiva de vagas, enquanto a Receita Federal revela os dados de arrecadação federal do mesmo mês. A GO Associados projeta arrecadação de R$ 109,8 bilhões, um aumento real de 8,0% ante março do ano passado. 

Na agenda econômica norte-americana da semana, atenção para o resultado do varejo na segunda (16) e a produção industrial na terça (17), ambos de março. Na quarta-feira, o Federal Reserve divulga o livro Bege, que contém informações sobre o nível corrente da atividade econômica com base em informações coletadas junto aos empresários de cada regional do Fed.

Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário corporativo, está a divulgação pela B3 da segunda prévia do Ibovespa (a primeira apontou a entrada de B2w e Gol e a saída de Marfrig), com a entrada das açõe da CVC. Além disso, atenção para a novela sobre o novo Conselho de Administração da BRF: o acionista Luiz Fernando Furlan apresentou os nomes de Luiza Helena Trajano e Vicente Falconi Campos como candidatos para a eleição do conselho, que ocorrerá em 26 de abril. A Eletropaulo mantém suspensão de devolução de R$ 769,6 milhões, enquanto a IRB foi elevada a outperform pelo Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 50. Já a Vale registrou produção de 82 milhões de toneladas de minério no primeiro trimestre de 2018, acima da projeção dos analistas de 75,4 milhões de toneladas.

Por fim, no InfoTrade de hoje, destaque para o Ibovespa, que confirmou a expectativa de correção. No “Gráfico do Dia”, atenção para as ações do Bando do Brasil (BBAS3), que podem oferecer uma oportunidade contra a tendência. Confira clicando aqui

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.