Moody’s eleva rating da Petrobras, dados operacionais de 2 construtoras e mais destaques do mercado

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (10)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo tem como destaque duas boas notícias para a Petrobras, enquanto ainda repercute a notícia da véspera sobre a aquisição do controle da National Beef pela Marfrig. Prévias operacionais de Even e Direcional também chama a atenção. Confira abaixo:

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Petrobras (PETR4)

Três notícias agitam a Petrobras. Segundo o presidente da companhia, Pedro Parente, a estatal está no caminho para cumprir metas, apontando que a produção subirá para 3,7 milhões de barris equivalentes por dia em 2022. A produção de 2018 provavelmente estará quase no mesmo nível de 2017 e a relação entre dívida líquida e Ebitda ficará em 2,5 ou menos neste ano. “Estamos no caminho para atingir nossas metas e poderemos pensar novamente sobre o futuro”, afirmou. 

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Já a agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito da Petrobras de Ba3 para Ba2 e manteve a perspectiva estável. De acordo com a instituição, a ação de rating foi desencadeada pela melhora na perspectiva da nota Ba2 do Brasil, que passou de negativa para estável.  Em comunicado divulgado na noite de segunda, a agência afirma que a ação nos ratings da Petrobras “reflete o contínuo sucesso da empresa em melhorar suas métricas de crédito e posição de liquidez”, que a Moody’s espera que permaneçam sólidas no futuro previsível.

A companhia ainda  anunciou a mudança no preço da gasolina nas refinarias de R$ 1,6444 o litro para R$ 1,6833 o litro e do diesel de R$ 1,8729 o litro para R$ 1,9169 o litro, segundo informações no website da empresa. Os preços antes de impostos são válidos a partir de 11 de abril.

Even (EVEN3)

A Even divulgou a prévia operacional do primeiro trimestre de 2018, apontando queda das vendas líquidas de R$ 211 milhões nos três primeiros meses de 2017 para R$ 196 milhões no mesmo período deste ano. Em 2018, a companhia lançou um empreendimento de R$ 51 milhões e foram distratados R$ 117 milhões no período, ante os R$ 92 milhões na comparação com o mesmo período de 2017.

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Segundo o Credit, a companhia reportou números preliminares marginalmente negativos. As vendas líquidas melhoraram, aumentando em 28% na base trimestral, por causa da queda de distrato (R$ 117 milhões versus R$151 milhões no quarto trimestre de 2017), enquanto a venda bruta de estoque se manteve. A queda do distrato também levou a um aumento na velocidade de venda do estoque para 8% no primeiro trimestre ante 6% no quarto trimestre de 2017. Enquanto isso, o lançamento de apenas um projeto no primeiro trimestre já era esperado, mas deixa os analistas do banco mais cautelosos para uma recuperação na rentabilidade. “Apesar da recente queda nas ações, a Even ainda negocia a múltiplos que ainda parece esticado dado o momentum negativo de lucros, com pressão de margem e baixo reconhecimento de receita”, afirmam os analistas. 

 

Direcional (DIRR3)

Na Direcional, houve uma elevação em 137% dos lançamentos no primeiro trimestre de 2018 na comparação anual, a R$ 482 milhões. Já as vendas líquidas foram de R$ 385 milhões, enquanto as vendas brutas foram de R$ 478 milhões, alta de 152% na comparação ano a ano. O estoque no final do primeiro trimestre era de 7.495 unidades, totalizando VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 1,7 bilhão. 

Segundo o Credit, os números foram positivos, com o nível de lançamentos continuando fortes no primeiro trimestre e velocidade de vendas no setor de menor renda batendo máxima histórica. A empresa ainda conseguiu garantir outro projeto na faixa 1, totalizando R$ 320 milhões. 

Azul (AZUL4)

Na Azul, o tráfego de passageiros consolidado (RPKs) teve alta de 10% frente o mesmo período do ano passado. A taxa de ocupação foi de 80,6%, alta de 0,4 ponto percentual frente igual período do ano passado.

O tráfego de passageiros doméstico diminuiu 2% na base anual, devido à redução de 2,9% na capacidade doméstica relacionada com a remoção de quatro E-Jets da frota operacional e a remoção das aeronaves em linha com a estratégia de transformação da frota, substituindo as aeronaves da antiga geração por outras da nova geração. 

 

Marfrig (MRFG3)

Destaque para duas notícias sobre Marfrig. O rating de crédito corporativo em escala global B+ da Marfrig Global Foods pode ser elevado pela S&P após a companhia ter adquirido 51% do controle da National Beef. A S&P destaca que a Marfrig planejar venda de sua unidade Keystone Foods poderá, junto com a aquisição da National Beef, acelerar a redução de seu endividamento. Outra vantagem potencial para os ratings da Marfrig incluem a maior escala e diversificação geográfica da empresa no mercado de carne bovina dos EUA, com acesso a mercados de exportação relevantes, como Japão e Coréia do Sul, aos quais o Brasil está fechado.

Além disso, a Marfrig foi elevada a ‘compra’ pelo BTG Pactual, com preço-alvo de R$ 11. 

Copel (CPLE6)

O Governo do Paraná indicou o engenheiro Jonel Iurk para assumir a presidência da Copel  em substituição ao engenheiro Antonio Sergio de Souza Guetter, que voltará a ser diretor presidente da Copel Distribuição, cargo que ocupou até março de 2017.

CPFL (CPFE3)

No relatório encaminhado ao Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a área técnica da autarquia manteve a decisão de elevar o preço da oferta pública de ações da CPFL Renováveis para no mínimo R$ 16,69 (ante R$ 12,20 ofertado pela chinesa State Grid). O assunto deverá ser julgado na reunião do colegiado, possivelmente na próxima semana.

A briga bilionária entre a gigante State Grid e os minoritários da CPFL Renováveis, representados por grandes investidores, como Pátria e BTG, intensificou-se em fevereiro, quando a CVM recusou a oferta da chinesa e sugeriu uma nova faixa de preço. A empresa asiática recorreu da decisão no dia 7 de março e, no dia 21, o processo foi encaminhado ao Colegiado com recomendação para manter a decisão da área técnica. No relatório, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, os técnicos rebatem todas as informações referentes aos cálculos do preço das ações constantes no laudo de avaliação.

Em determinado trecho, a State Grid destaca que os técnicos discordaram das premissas de avaliação, mas que não demonstraram erros técnicos ou inconsistência por parte do avaliador, o que tornariam o relatório inútil. Os técnicos da CVM responderam que o laudo, nesse caso, “não vincula as conclusões da autarquia” sobre a demonstração de cálculo de preço. Ou seja, o órgão não precisa considerar o laudo para sua definição, apesar de o documento ser exigido dentro do processo.

A área técnica concluiu que o laudo não continha premissas razoáveis e, por isso, a decisão foi embasada nas competências do corpo técnico. Em nota à reportagem, semanas atrás, a State Grid afirmou que “cumpriu rigorosamente as normas locais e acompanhou cada passo do processo com transparência, boa fé e respeito com todos os acionistas”. A CPFL Renováveis disse que, por ser “objeto da transação” não iria se pronunciar.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.