Após subir 9%, Eletrobras ameniza com notícia (negada) de que não há votos para aprovar privatização; veja mais destaques

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (21) 

Lara Rizério

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Eletrobras (ELET6)
As ações da Eletrobras tiveram um dia de forte volatilidade na bolsa. Após chegarem a subir 9% nesta sessão, as ações chegaram a cair 2% no final da tarde, mas depois amenizaram as perdas e fecharam em alta de 1,30%. 

Na véspera, os papéis dispararam 8% após o governo anunciar a nova pauta prioritária no Congresso após praticamente descartar a reforma da previdência depois da intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro. Entre as medidas, está a desestatização da Eletrobras. Além disso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou a criação de uma comissão especial formada por 35 deputados para decidir sobre o projeto de lei da privatização da companhia. O plano de Maia é votar a proposta em plenário em abril.

Já nesta quarta-feira, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), relator do projeto de lei da privatização da estatal, afirmou  que a proposta será votado na primeira quinzena de abril na Comissão Especial. O relator do projeto  prevê pelo menos dois ajustes na proposta do governo, defendendo a criação de uma agência para coordenar os projetos e os recursos voltados para a revitalização do rio São Francisco. Outra alteração seria dar novo tratamento ao centro de pesquisa da Eletrobras, o Cepel, fortalecendo as ações da entidade.

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Contudo, o blog de Gerson Camarotti, do G1, apontou que, apesar do discurso otimista em relação à privatização da Eletrobras, a avaliação reservada no núcleo do governo é a de que a proposta terá “grande dificuldade” de ser aprovada em ano eleitoral. Segundo o jornalista, o Palácio do Planalto já foi alertado por aliados que a base não está disposta a aprovar o projeto, em razão da resistência de setores do eleitorado. Já segundo o blog do Noblat, da Veja, afirmou que em reunião com o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, e com Aleluia, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, disse que o governo não tem e nem terá votos este ano para aprovar a venda da Eletrobras. Mais tarde, contudo, Maia e Aleluia negaram que tivessem dito que não havia votos para aprovar a privatização. 

CPFL Renováveis (CPRE3)
A ação da CPFL Renováveis disparou após a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), em uma decisão sem precedentes, determinou que o preço das ações da CPFL Renováveis seja elevado de R$ 12,20 para no mínimo R$ 16,69 na OPA (oferta pública de aquisição de ações) proposta pela  State Grid.

A decisão é favorável ao grupo de minoritários que pediu abertura de processo contra o preço da OPA na autarquia e, com isso,  a chinesa deverá desembolsar cerca de R$ 1 bilhão a mais do que o previsto antes na aquisição da elétrica.

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“Entendemos que o preço que garantiria ao acionista minoritário da companhia tratamento igualitário àquele dispensado ao antigo controlador no âmbito da alienação de controle em questão seria, no mínimo, igual a…. 16,69 reais”, disse a CVM de acordo com o fato relevante.

Pelo preço proposto inicialmente, a State Grid desembolsaria cerca de R$ 3 bilhões com as ações da Renováveis em mãos dos minoritários. Um grupo liderado por acionistas de peso, como Pátria, BTG Pactual, Arrow e IFC (braço do Banco Mundial) pediu, porém, a abertura de um processo na CVM por discordarem do preço. De acordo com eles, o valor não avaliava a Renováveis de maneira igualitária com a CPFL Energia (CPFE3), que também sobe na esteira dessa decisão. A State Grid concluiu ano passado a compra da CPFL Energia, ao preço de R$ 27,69 por ação.

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Lojas Americanas (LAME4)

As ações da Lojas Americanas subiram forte após terem um bloco de 3,61 milhões de papéis, equivalente a 0,5% do total no mercado, negociados a um preço de R$ 16,74 hoje na B3. O negócio em bloco, que tinha um valor de mercado de R$ 60,4 milhões, foi executado às 12:56 no horário local; a transação representou 55% do volume médio de 20 dias do ativo. 

JBS (JBSS3)
As ações da JBS foram um dos destaques de alta do Ibovespa, chegando a registrar ganhos de 3%. Vale destacar que, por ordem do STJ, o empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS, saiu da prisão. O irmão de Joesley Batista ficará com tornozeleira eletrônica e poderá responder de casa ao processo em que é acusado de cometer “insider trading”, que é o uso de informação privilegiada para lucrar no mercado financeiro.

A decisão do STJ também alcança Joesley que, no entanto, seguirá preso. Contra o empresário há outro pedido de prisão preventiva – este autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter supostamente omitido informações de sua delação.

A decisão da Sexta Turma STJ foi apertada, com 3 votos a favor 2 contra a saída dos irmãos da cadeia. Ao final, ficou decidido que, no lugar da prisão, serão aplicadas outras medidas cautelares, como o comparecimento periódico em juízo, a proibição de sair do País e de operar no mercado.

Forjas Taurus (FJTA4)

As ações da Forja Taurus chegaram a avançar 9,66% mais cedo, maior alta intradiária desde 9 de janeiro. O movimento ocorre após O Globo informar que um pacote de projetos vem sendo preparado na Câmara dos Deputados podendo flexibilizar o estatuto do desarmamento justamente num momento em que vários estados do país enfrentam uma onda de violência, a ponto de o Rio ter sofrido uma intervenção federal na segurança pública.

“Um dos itens da pauta que deve ser votado ainda este semestre propõe mudanças na legislação para ampliar o número de pessoas habilitadas a ter posse de armas dentro de casa. A ideia é conceder mais licenças para quem não tem antecedentes criminais e for aprovado em um curso de tiro e num teste psicotécnico. A proposta tem origem na chamada bancada da bala e conta com o respaldo do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ)”, aponta a publicação.

Petrobras (PETR4)
As ações da Petrobras, após abrirem em alta, fecharam em baixa seguindo a queda do petróleo, com o WTI em queda de 1,12%. No radar da companhia, a estatal informou que a sua produção total de petróleo e gás natural da somou 2,70 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em janeiro, sendo 2,60 milhões boed produzidos no Brasil e 97 mil boed no exterior. A produção total operada da companhia (parcela própria e dos parceiros) foi de 3,31 milhões boed, sendo 3,19 milhões boed no Brasil.

No País, a produção média de petróleo caiu 1% em janeiro ante o mês anterior, somando 2,10 milhões de barris por dia (bpd). Em comunicado, a petrolífera atribui a queda, principalmente, à parada para manutenção no FPSO Capixaba, que opera no Parque das Baleias, na Bacia de Campos, e a cessão de direitos de 35% do campo de Lapa para a Total, no bloco BM-S-9A, no pré-sal da Bacia de Santos.

Além disso, a companhia ainda informou elevação do diesel para R$ 1,7598 e gasolina para R$ 1,5573, com novos preços válidos nas refinarias a partir de 22 de fevereiro. 

Telefônica Brasil (VIVT4)

A Telefônica Brasil, dona da Vivo, acumulou em 2017 um lucro líquido de R$ 4,608 bilhões, montante 12,8% maior do que de 2016. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 14,485 bilhões, crescimento de 12,8% na mesma base de comparação.

A receita operacional líquida totalizou R$ 43,207 bilhões, expansão de 1,6%, conforme balanço contábil com os dados consolidados anuais publicado nesta quarta-feira, 21, na imprensa.

No documento, a Telefônica Brasil atribui o crescimento dos resultados ao aumento da receita com serviços digitais e dados, principalmente no segmento de telefonia móvel, além de banda larga fixa. Por outro lado, a receita caiu em função de menor demanda por chamadas de voz e pela queda nas tarifas de interconexão. A companhia também atribuiu o avanço do lucro à maior eficiência nas operações.

A Telefônica Brasil, dona da Vivo, acumulou em 2017 um lucro líquido de R$ 4,608 bilhões, montante 12,8% maior do que de 2016. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 14,485 bilhões, crescimento de 12,8% na mesma base de comparação.

A receita operacional líquida totalizou R$ 43,207 bilhões, expansão de 1,6%, conforme balanço contábil com os dados consolidados anuais publicado nesta quarta-feira, 21, na imprensa.

No documento, a Telefônica Brasil atribui o crescimento dos resultados ao aumento da receita com serviços digitais e dados, principalmente no segmento de telefonia móvel, além de banda larga fixa. Por outro lado, a receita caiu em função de menor demanda por chamadas de voz e pela queda nas tarifas de interconexão. A companhia também atribuiu o avanço do lucro à maior eficiência nas operações.

Segundo o Credit Suisse, a primeira impressão é de um resultado fraco, confirmando a expectativa de uma desaceleração na receita de serviços móvel. O Ebitda veio levemente abaixo do esperado, apesar da forte redução nos custos de VAT. O Ebitda desacelerou para 7,3% na base anual e a expansão de margem manteve o mesmo patamar dos trimestres anteriores, mesmo com a contribuição da redução dos impostos. 

Já o Itaú BBA aponta que a receita foi em linha com o esperado pelo banco e pelo consensom mas o Ebitda foi um pouco melhor do que o esperado. 

Iochpe-Maxion (MYPK3)

A Iochpe-Maxion viu seu lucro líquido cair 29,9%, a R$ 11,805 milhões no quarto trimestre de 2017. Contudo, aponta a companhia, desconsiderando os efeitos não recorrentes, o lucro líquido teria sido de R$ 51,9 milhões, um crescimento de 165,8% em relação ao quarto trimestre de 2016.

Já a receita operacional líquida consolidada foi de R$ 1,95 bilhão, um crescimento de 16,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda, por sua vez, cresceu 5%, a R$ 198,8 milhões. 

De acordo com o Itaú BBA, o balanço foi positivo, reafirmando a recomendação outperform para os ativos. 

 

Suzano (SUZB3) e Fibria (FIBR3)

As notícias sobre a possível fusão entre Suzano e Fibria seguem sendo destaque, Segundo o Valor, as conversas entre Suzano Papel e Celulose e Votorantim, que visam à combinação de negócios com a Fibria, partem de um modelo que, se concretizado, dará o protagonismo dessa indústria à família Feffer, uma ambição antiga daqueles que foram pioneiros em celulose de eucalipto. A operação – ainda em fase bastante inicial de negociação – pode marcar ainda o início da saída dos Ermírio de Moraes de um setor que consolidou em sucessivas transações até 2008. 

 

IRB (IRBR3)

Segundo a coluna do Broad, do Estadão, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, vai deixar a presidência do Conselho de Administração do ressegurador IRB Brasil Re. Em seu lugar, foi sugerido o secretário adjunto do Tesouro, Otavio Ladeira de Medeiros. A secretária quer se dedicar mais à Caixa, que tem um desafio grande de capital pela frente, e ao Tesouro, diz a publicação.

Via Varejo (VVAR11)

A coluna do Broad também destaca que a saída de Peter Estermann do comando da Via Varejo para liderar o controlador, o Grupo Pão de Açúcar, colocou de volta à mesa especulações sobre o futuro da varejista dona das Casas Bahia e do Pontofrio.

O empresário Michel Klein, que detém 25% da empresa, defendeu no início deste mês, em uma reunião com representantes do Casino, na França, a possibilidade de uma oferta pública de ações da Via Varejo. Escutou que o assunto seria discutido futuramente. Uma hipótese é que o tema seria melhor contemplado agora que a questão sucessória se resolveu. Até o momento, no entanto, a posição do grupo francês que controla o GPA vinha sendo contrária à oferta.

 CVC (CVCB3)

A CVC aprovou a recompra de até 4 milhões de ações ordinárias em um período de 18 meses.

Prumo (PRML3)

O Conselho da Prumo se diz favorável à realização da OPA proposta pelo controlador. 

O objetivo da companhia é o cancelamento de registro de companhia aberta perante a CVM com a consequente saída do Novo Mercado da B3 e, ou, saída do Novo Mercado, com a consequente migração para o segmento básico de listagem na B3, independentemente da verificação da condição para cancelamento de registro, seguindo o disposto no edital da OPA, publicado em 7 de fevereiro de 2018.  A Prumo Logística estabeleceu o preço de sua OPA em circulação no mercado em R$ 11,50 por ação.

 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.