Usiminas cai 3% após subir 15% em 3 pregões; small cap afunda 7% em 2 dias com “block trade”

Confira os principais destaques da Bolsa desta sexta-feira

Paula Barra

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Confira abaixo os principais destaques de ações deste pregão:

Petrobras (PETR3, R$ 17,74, +0,23%; PETR4, R$ 16,72, -0,06%)
As ações da Petrobras operam entre poucos ganhos e perdas, apesar do dia de queda dos preços do petróleo. Em Londres, os contratos futuros do Brent caíam 0,90%, a US$ 67,46 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, recuavam 0,90%, a US$ 61,45 o barril. Apesar do dia no negativo, a cotação segue próxima da máxima de 3 anos após o relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) mostrar a 7ª queda seguida dos estoques do óleo cru no país, a maior sequência desde agosto. 

Além disso, no radar, a petroleira anunciou corte de 1,1% do preço da gasolina e de 1,7% no preço do diesel nas refinarias, que serão válidos a partir deste sábado (6).

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A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. 

Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

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Cyrela (CYRE3, R$ 13,77, +2,08%)

O Morgan Stanley revisou a recomendação para as ações da Cyrela de underweight (exposição abaixo da média do mercado) para overweight (exposição acima da média do mercado), com o preço-alvo sendo elevado de R$ 10 para R$ 15, o que configura um potencial de alta de 11% em relação ao último fechamento. 

Siderúrgicas
Depois de forte movimento de alta nos últimos dias, as ações das siderúrgicas têm correção nesta sessão, mesmo após a Coluna do Broad, do Estadão, apontar que a Usiminas (USIM5, R$ 10,11, -3,53%) já fechou com as montadoras um reajuste do preço do aço de 23%. O percentual é o mesmo firmado e já divulgado pela CSN (CSNA3, R$ 9,12, -1,72%). Procurada, a Usiminas não comentou.

A realização dos lucros ocorre após uma alta de 15% da Usiminas nos últimos 3 pregões e valorização de 10% da CSN no mesmo período. 

As ações da Gerdau (GGBR4, R$ 13,68, +0,29%) também têm pregão de correção hoje após subiram 10% em 3 dias, enquanto a Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 6,20, -0,80%), que estava mais afastada do rali (alta de 10% em 3 dias), tem uma queda mais amena hoje. 

Bradespar (BRAP4, R$ 30,83, +0,26%)
Na contramão do movimento de correção da Vale, as ações da Bradespar – holding que detém participação na mineradora – estendem os ganhos de ontem. Os papéis sobem sem pausa pelos últimos 14 pregões, acumulando no período valorização de 20,3%. 

Ontem, os analistas do Credit Suisse e BTG Pactual comentaram sobre os papéis da Bradespar em relatórios. Para eles, a ação parece negociar hoje com um desconto – de cerca de 25% – exagerado em relação à Vale (VALE3, R$ 41,64, +0,41%), sendo que ela é uma holding com praticamente um único ativo (VALE3) e quase sem dívida (R$ 44 milhões). Para os analistas do Credit, um desconto de apenas um dígito seria mais razoável. Eles elevaram o preço-alvo da ação para R$ 33,70, reforçando a recomendação outperform (desempenho acima da média). 

Eles apontam ainda que o pagamento de imposto de ganho de capital com a venda das ações da CPFL foi menor do que o teórico, devido aos créditos fiscais que a empresa tinha, além de outros beneficios como o pagamento de JCP.  Além disso, eles lembram que, no dia 15 de fevereiro, encerra o periodo de “lock up” das ações VALE3 e que, apesar de não ser o cenário-base, um desinvestimento poderia ser um catalisador para fechar o spread. “No entanto, ponderamos que há um risco (improvável, porem não impossível) de que a Bradespar decida por fazer novos investimentos ao invés de distribuir caixa aos acionista”, afirmam.

Já os analistas do BTG também destacam que a empresa pagou imposto na venda da CPFL bem abaixo das expectativas (eles acreditam que a holding tenha pago cerca de R$ 280 milhões em impostos, R$ 200 milhões abaixo de suas expectativas). Eles disso eles apontam que a alavancagem da empresa caiu para próxim de zero. “Considerando que esta é uma holding de um único ativo (Vale) e sem dívida, na nossa opinião, uma das melhores alternativas de alocação de capital com o excesso de dinheiro seria acelerar o programa de recompra. Embora não tenhamos nenhuma definição sobre os próximos passos do holding nesta conjuntura, acreditamos que o diretoria está ciente do desconto excessivo. Os próximos meses serão críticos”, comentam. 

Locamerica (LCAM3, R$ 19,60, -2,05%)
As ações da Locamerica estendem as perdas de ontem e acumulam nesses dois pregões queda de 7%. O movimento ocorre após a B3 ter informado na última quinta-feira que a empresa será alvo hoje de um “block trade” (quando há leilão para negociar um grande lote de ações na Bolsa) de 4,05 milhões de ações. A operação deve sair a R$ 18,79 por papel, ou 7,4% abaixo do valor de fechamento da última quarta-feira.

Conforme o comunicado da Bolsa, o acionista vendedor das ações não é controlador, nem integrante do bloco de controle, nem membro do conselho de administração.

O leilão está marcado para ocorrer das 15h15 às 15h30 desta sexta-feira, em uma operação que será intermediada pela Votorantim Corretora na ponta compradora e Itaú BBA na ponta vendedora.

Vale menção que a operação ocorre após o papel disparar 23% do fechamento do dia 27 de dezembro até o dia 3 de janeiro após notícia sobre a proposta de fusão entre a Locamerica e a Unidas.

Azul (AZUL4, R$ 27,19, -0,15%)

Em entrevista ao Valor, o presidente da Azul, John Rodgerson, disse que não cogita mudar o plano de investimento por causa de sua maior acionista individual, a chinesa HNA, que enfrenta dificuldades para pagar alguns compromissos. “Não tem nenhum impacto. O plano de investimento da Azul independe do HNA”, disse ele. 

Embraer (EMBR3, R$ 21,85, +0,23%)

A Embraer informou na quinta-feira em comunicado, que fará sua Assembleia Geral Ordinária no dia 12 de abril de 2018. A empresa negocia uma parceria com a Boeing, mas informou na quarta-feira, 3, que não possui, neste momento, elementos para manifestar-se sobre as atuais intenções da empresa americana, bem como sobre a estrutura que uma potencial combinação de negócios entre as duas sociedades poderia concretamente vir a adotar.

A companhia afirmou que as notícias divulgadas na imprensa em relação a atuação de sua área militar não correspondem a nenhuma estrutura específica que tenha sido definida até o momento.

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“Eventual combinação de negócios com a Boeing deve preservar, antes de mais nada, os interesses estratégicos da segurança nacional e respeitar incondicionalmente as restrições decorrentes da ação de classe especial (golden share) constantes do estatuto social da companhia, de titularidade do governo brasileiro”, disse em comunicado.

Ultrapar (UGPA3, R$ 77,26, +0,21%) e BR Distribuidora (BRDT3, R$ 17,19, -0,06%)

O Valor Econômico informa que as quatro maiores distribuidoras de combustíveis do país podem receber uma multa milionária do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) após um parecer da Superintendência Geral (SG) da autoridade antitruste apontar que Ale, BR (BRDT3), Ipiranga – da Ultrapar (UGPA3), e Raízen (joint venture entre Cosan e Shell) formaram um cartel em Belo Horizonte e municípios vizinhos entre 2007 e 2008. 

Segundo o Valor, a multa pode chegar perto do teto permitido pela legislação, de 20% do faturamento no ano anterior ao da abertura do processo nas regiões afetadas. Isso porque os fatos apurados são considerados graves por pessoas que tiveram acesso aos autos. O ano para efeito de cálculo será 2010 e a receita se refere às cidades incluídas no processo. O caso deve ir a julgamento ainda neste ano.

(Com Agência Estado)

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