O que os gráficos apontam para o Ibovespa e o dólar no começo de 2018?

Ano que vem promete ser promissor para o índice; moeda resguarda forte potencial de alta caso supere importante resistência

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Caminhando para uma alta de 27% este ano, a jornada do Ibovespa em 2017 não deve ser esquecida, já que tivemos em um mesmo ano o acionamento do circuit breaker em maio com o vazamento da delação de Joesley Batista, ao mesmo tempo que em 11 de setembro foi renovado o topo histórico de 29 de maio de 2008 em 73.920 pontos, agora cravado em 78.024 pontos. Com essa quinta-feira (28) marcando o último pregão do ano, os investidores já começam a projetar como será o início de 2018, que promete ser bastante promissor para o Ibovespa.

Ao encerrar o ano acima de 75.180 pontos, o mercado deixou para trás uma congestão que durou por dois meses entre a resistência citada e 70.825 pontos, confirmando mais uma vez a força de compra presente na média móvel exponencial de 21 semanas, que será o principal guia do Ibovespa em 2018. Ao observar o índice desde 2016, fica bem visível a importância da referência de suporte para a manutenção da tendência de alta do mercado. Entre maio e julho do ano passado, depois de disparar cerca de 50% da mínima cravada em 37.047 pontos, o índice descansou justamente sobre a referência de suporte, cenário bastante parecido ao visto atualmente. A única exceção foi em maio deste ano, quando o mercado foi abatido pelo vazamento da delação feita por Joesley Batista envolvendo Michel Temer e gerou muitas dúvidas sobre o ambiente político.

Portanto, enquanto seguir acima da média móvel exponencial de 21 semanas em 2018, a tendência de alta de curto prazo será mantida e a superação de 75.180 pontos na última semana do ano abre caminho para o rompimento do topo histórico em 78.024 pontos nas primeiras semanas do ano que vem, abrindo as Bandas de Bollinger para cima (ganho de volatilidade na compra) e indo em busca dos 79.815 pontos, projeção derivada do tamanho da congestão recém rompida (retângulo verde).

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O cenário positivo para o mercado será anulado com a confirmação da perda da média móvel de 21 semanas, ou seja, com o índice deixando para trás o fundo cravado em 70.825 pontos, abrindo caminho para a média móvel de 50 dias, o que representa voltar para a região de 68 mil pontos.

E o dólar?

O ano também foi bastante volátil para o dólar. Depois de disparar em maior por conta do “Joesley Day” e voltar para a região de R$ 3,60, a moeda engatilhou uma forte correção por conta das melhores perspectivas para a economia e em setembro, mês que o Ibovespa renovou o topo histórico de 2009, o dólar cravou sua mínima em R$ 3,15 e desde então foi se recuperando até chegar na região de R$ 3,40 em outubro, onde firmou um topo intermediário e a “primeira perna” de alta (P1) de um “pivô de alta” (linhas verdes) em formação, que tem seu fundo cravado em R$ 3,30 – “segundo perna” do movimento (P2).

Como ainda segue congestionado no curto prazo, ou seja, sem uma definição clara do seu movimento, o dólar deve permanecer entre R$ 3,40 e R$ 3,30 no começo do ano que vem, mas a volatilidade contratada pelas eleições ao longo de 2018 pode resultar no rompimento do topo intermediário e sacramentar o “pivô de alta” em formação, que projeta o teste de R$ 3,50.

Portanto, ao mesmo tempo que temos um viés de alta já em andamento para o Ibovespa, que tem o caminho aberto para testar o topo histórico nas primeiras semanas do ano que vem, todo cuidado é pouco com o “pivô de alta” armado pelo dólar, que será confirmado (ou não) com o andamento do cenário político, que já terá seu primeiro teste de fogo em 24 de janeiro, quando será realizado o julgamento de Lula no TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Rafael Ribeiro é analista gráfico CNPI-T credenciado pela Apimec

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