Alta do minério de ferro pode fazer dividendo da Vale disparar em 2019, projeta BTG

Para o ano que vem, mineradora deve focar em desalavancagem e pagará dividendo mínimo

Rafael Souza Ribeiro

(Divulgação)

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SÃO PAULO – Caso o minério de ferro permaneça acima dos US$ 65 a tonelada, os analistas do BTG Pactual projetam que o dividend yield (dividendo pago por ação dividido pela cotação do papel) da Vale (VALE3) poderá saltar para 16% em 2019. Essa estimativa, que é a mais otimista do banco, leva em conta também o sucesso da mineradora no seu processo de desalavancagem no ano que vem.

Para 2018, a estratégia da empresa será focar em enxugar sua estrutura de custos e, por conta disso, deverá pagar somente o dividendo mínimo exigido por lei (25% do lucro), o que resultaria em um desembolso de até US$ 2 bilhões. Tendo sucesso com seu processo de desalavancagem, sua dívida líquida deve recuar dos atuais US$ 21 bilhões para US$ 10 bilhões no ano que vem.

Contudo, caso o minério de ferro não permaneça no mesmo patamar dos últimos meses e retorne, por exemplo, para a faixa de US$ 50 a tonelada (cenário mais pessimista), o yield da mineradora seria de 9% para 2019, ainda um bom percentual frente o projetado atualmente. Pelas estimativas apontadas pelo Terminal Bloomberg, o yield projetado de 12 meses está em 2,5%.

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JCP de R$ 2,2 bilhões

Na última quinta-feira (14), a mineradora aprovou o pagamento de R$ 2,2 bilhões sob a forma de JCP (Juros sobre Capital Próprio), valor que equivale a R$ 0,42 por ação, ou seja, um yield de 1,16% considerando o fechamento do pregão passado. Farão jus ao JCP os acionistas com o papel em custódia até 21 de dezembro, com as ações passando a negociar na forma “ex” a partir do dia 22.

Além disso, a Vale informou que uma nova política de remuneração aos acionistas será divulgada até 30 de março de 2018, anúncio que os analistas do banco de investimento pedem muita atenção, pois pode trazer novidades.